Minha opinião à respeito de dias comemorativos não é
exatamente elogiosa. Nos dias de hoje é difícil conviver com esse bombardeio de
“compre, compre, compre” e continuar achando que um telefonema, um abraço, um
aperto de mão, ainda tem algum valor como demonstração de sentimentos.
Vou voltar a isso qualquer hora, entretanto
não quero dar a uma crônica feita no dia das mães, um tom menor. Não quero dar
a impressão de pessimista que eu de fato não sou.
Ao invés disso, quero ressaltar a importância da comemoração
da maternidade (de útero ou de adoção), como um fator imprescindível para o
desenvolvimento de nossa esperança em dias melhores. De fato, um dia é pouco
para homenagear esses seres humanos transformados por um evento mágico em uma espécie
de anjo guardião, a quem cabe cuidar do desenvolvimento e transformação de seus
filhos em criaturas autônomas, defendendo isso muitas vezes às custas de sua
própria integridade.
Mães, de fato, conseguem ser simultaneamente a
estrutura e o estofo, a colher e o alimento, o espelho e a imagem, o caminho e
a jornada, o castigo e o perdão, tudo para que seus filhos possam ser plenos e
construir um mundo melhor do que o delas próprias.
Portanto, a elas, muito mais do que qualquer presente,
embrulhado em papeis vistosos e acompanhados de um cartão com frases “‘fofinhas”,
cabe um muito obrigado, um sorriso e muito carinho, todos em doses diárias. Até
porque sem elas, o que seria de você?
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