No caminho para a faculdade, eu passo por uma escola pública
no horário da saída dos alunos.
É um verdadeiro estouro de boiada, com alunos correndo pelo
meio da rua na contramão dos carros, como uma barulhenta onda de destruição, sem
o menor indício de cidadania ou respeito, que de outro modo não me parece que
faça parte do curriculum das escolas.
Os poucos carros que buscam alunos nessa escola estão
parados, impunemente, sob as placas de “proibido parar e estacionar”, quando
não sobre a faixa de pedestres.
É impossível não
comparar com as imagens dos alunos japoneses andando em fila pelas ruas, respeitando
a sinalização, atravessando as ruas somente nas faixas de pedestres e
agradecendo aos motoristas.
Em um caminho alternativo, há duas escolas particulares e
caras, mas o cenário não é muito diferente.
Os alunos só saem para a rua, acompanhados dos adultos responsáveis
(pais, motoristas das peruas), porém nesse caso as filas duplas de carros na
rua estreita sinalizam a falta de educação e respeito ao próximo, e pior,
sinalizam aos filhos e alunos que respeito e cidadania não são importantes.
E continuando o caminho de pouco mais de 15 minutos, não há
um dia que eu não veja carros fechando cruzamentos, atravessando semáforos
vermelhos, ou desrespeitando pedestres que tentam atravessar nas faixas, ou do
mesmo modo que em frente às escolas, atravancando as ruas sob placas de
proibição.
Refletindo sobre isso, percebo que já estamos na segunda
geração de mal-educados congênitos, e com uma terceira a caminho, sem que
estejamos vendo nenhuma mudança de cenário para melhor.
Esse é só um exemplo de como estamos perdendo nossos
valores. Qual será a mágica que voltará
a colocar o Brasil no rumo?
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