O nome "Gran Circo" exprime bem a maneira como penso.
Aparentemente caótico, mas muito planejado, às vezes irônico mas sobretudo divertido.
Não esperem só palhaçadas.
Críticas e manifestações humanas em geral terão lugar garantido no picadeiro.

Agora vamos ver como os domadores e palhaços que moram entre as minhas orelhas irão se comportar!



14 abril 2009

Civilidade? Para quando?

Outro dia numa das comunidades que frequento no orkut, li uma frase muito legal que dizia
Fala-se tanto da necessidade de deixar um planeta melhor para os nossos filhos e se esquecem da urgência de deixarmos filhos melhores para o nosso planeta." (sic).

De fato a falta de civilidade generalizada que eu tenho visto é de estarrecer. Não passa um dia em que eu não veja uma mostra de má educação explícita, ou no trânsito, ou na vizinhança, ou pela TV. Aliás a minha vizinhança é um microcosmo da falta de civilidade mas vou deixar isso para uma outra postagem.
Tenho acompanhado a campanha da TV Globo pela recuperação dos rios de São Paulo inspirada pelo que aconteceu na Coréia do Sul em Seul. Muito legal! O prazo em que as coisas aconteceram por lá foi bastante curto. Chego a ter esperanças de que poderia viver para ver a mudança.
Só que resta um problema. A vontade política necessária para as mudanças tem que começar em paralelo com a melhoria da educação do povo e isso na Coréia não aconteceu em 3 anos. Levou toda uma geração.
Será que por aqui poderíamos fazer diferente? Em quanto tempo será que conseguiremos fazer com que o povo deixe de jogar bitucas de cigarro e garrafas PET na rua (para falar o mínimo) como se o lixo desaparecesse antes de tocar o chão?
É claro que isso é possível mas ninguém me tira da cabeça que a atual geração de mal-educados já está perdida.

O Lula está tirando gente da favela mas não está dando condições para que a favela saia da cabeça deles. Muitos senadores olhando para o próprio umbigo e achando que este é o “melhor senado da república” (né,Mão Santa!!!) enquanto gastam o nosso dinheiro praticando homenagens, discursando poesias para uma platéia de cadeiras vazias, e vivendo numa pseudo realidade de medidas inócuas e corporativismo nojento.

Para que os filhos tenham alguma chance, primeiro os professores precisam eles próprios serem reeducados e depois, aqueles que se mostrarem capazes de tão elevada missão, precisam ganhar muito bem e ter excelentes condições de trabalho. E isso não vai ser tão rápido! Aliás, que tal se os professores ganhassem tanto quanto os nossos políticos?

Só depois dessa primeira fase é que nossos rios, parques, jardins, ruas e todos os locais públicos e privados terão a chance de continuarem limpos e bonitos de verdade.
Eu particularmente acho que o custo disso tudo, ainda assim, será muito menor do que o custo social de se manter a situação atual. E isso sim, depende de vontade política.

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