O nome "Gran Circo" exprime bem a maneira como penso.
Aparentemente caótico, mas muito planejado, às vezes irônico mas sobretudo divertido.
Não esperem só palhaçadas.
Críticas e manifestações humanas em geral terão lugar garantido no picadeiro.

Agora vamos ver como os domadores e palhaços que moram entre as minhas orelhas irão se comportar!



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13 novembro 2018

Sobre o meio ambiente e a falta de educação do brasileiro

foto by Valter Mello in Parque Centenário - Mogi das Cruzes-SP
De vez em quando, chegam até mim através do grupo Jacutinga de observadores da natureza (facebook), constatações de agressões completamente gratuitas ao meio ambiente e à nossa fauna e flora.
Reputo isso, mais uma vez, ao fato de que somos um povo extremamente mal educado e isso não só do ponto de vista ambiental.
Falar na falência do sistema educacional do Brasil é chover no molhado, mas isso é o resultado do descaso que vem acontecendo há décadas. Infelizmente são poucos os brasileiros que conseguem entender que atitudes contra o ambiente são profundamente desastrosas no médio e longo prazo.
Mas aí eu pergunto:
Por acaso vocês que me leem sabem quantas questões sobre meio ambiente havia no ENEM deste ano?
Resposta: Nenhuma. Mas questões polêmicas, ideológicas e absurdamente além do que se ensina em nossas salas de aula, disso houve dúzias.
Tenho dó do Brasil.

19 março 2017

o brasil contra O Brasil


Nós temos um problema muito mais sério do que vemos nos noticiários e nas redes sociais, e que ninguém se dá conta.  O brasileiro não leva o Brasil a sério.

Hahaha! Qualquer crise vira piada, vira um meme, uma charge, cheios de imaginação. Vira motivo de riso, e fica tudo por isso mesmo. Toda essa criatividade não está servindo para nada!

Começa porque somos uma terra de ninguém. O senso de pertencimento do brasileiro como povo é praticamente zero. Mesmo a meia dúzia de aguerridos militantes de esquerda que poderia chamar isso pra si, grita pelos motivos errados.

O nosso individualismo é congenitamente mal formado. De fato, não somos individualistas, somos uns dependentes precisando de reabilitação. Dependemos do Estado, dependemos de salvadores da pátria, dependemos dos pais dos pobres, dependemos sempre que alguém nos diga o que é melhor pra nós. Não acreditamos que possamos erguer um país por nós mesmos.

E por isso, acabamos elegendo gente desclassificada e sem cidadania alguma para exercer esses papeis. Não pode dar certo!

A nossa janela de percepção do Brasil e do mundo não é transparente

E para piorar só percebemos um mundo ficcional que achamos que é real. A nossa janela de percepção que é imposta pelos meios de comunicação (de A a Z sem exceção) é acreditada como sendo a realidade.   Isso me faz lembrar a "Caverna de Platão". - seja curioso procure saber do que se trata.

A nossa mídia formal abre janelas sequenciais de notícias diversionistas (sempre querendo tirar a nossa atenção do ruim para o pior), amplifica pequenas crises para que pareçam o mais novo apocalipse, planta notícias falsas ou meias verdades, enfim dirige a nossa atenção para aquilo que interessa momentaneamente a elas próprias ou aos interesses que defendem.  Infelizmente agem todo o tempo como Arautos do Caos.

Em paralelo a isso, empresas de publicidade de pesquisa a soldo, usam de todos os artifícios para também plantar "tendências" que a rigor não mereceriam uma linha pela confiabilidade.

E o povo brasileiro bovinamente, com suas "excelentes" habilidades de interpretar textos, e um senso crítico "perfeito" se submete a essas verdades instantâneas e usa as redes sociais para repassar tudo o que ouve ou vê (e não lê), achando que o céu cairá sobre nossas cabeças se o Temer continuar, se o Lula não for reeleito, se a Dilma aprender português, se o juiz isso, a previdência aquilo,
se o Trump...
É algo como se preocupar com as pulgas mas deixar o cachorro morrer de fome.

Hoje nós somos apenas o reflexo embaçado de um povo tutelado por um Estado patrão. Somos a sombra de um projeto falido de socialismo tropical, que em maior ou menor grau vem se arrastando desde Getúlio Vargas ou ainda antes.

A ideia equivocada de que o Estado social durará magicamente para sempre e que é um manancial inesgotável de recursos, continua encantando muitos cegos de informação.  E desse modo aqueles tais pais dos pobres, coronéis, ou simples aproveitadores continuam se locupletando sem limites, cantando o canto das sereias e se eternizando no poder.

Será que não está na hora de repensar o Brasil? 

Será que não está na hora de agir a partir de nossas reais prioridades?
Na minha visão as prioridades do Brasil se constituem em um tripé: Educação, Saúde e Segurança, em que a Educação é a perna que equilibra o sistema.
Só com um sistema educacional de qualidade é que constituiremos verdadeiramente uma nação. Isso só será possível quando restaurarmos uma escola sem vieses partidários, com professores bem formados que saibam sua real função em sala de aula.

É impossível que possamos construir algo sólido com a qualidade do repertório cultural, competências sociais e profissionais, que os nossos jovens apresentam hoje quando deixam os bancos escolares. Mas é possível mudar isso em 3 ou 4 gerações.
Depende da vontade política, mas isso deve ser imposto por nós mesmos. Já vimos isso acontecer em outros países que hoje são potências mundiais econômicas e sociais.

 Só pessoas com uma educação sólida passarão a pensar nas consequências de cada pequeno ato, saberão cuidar do meio ambiente e de sua própria saúde, serão cidadãos mais conscientes, serão produtivos profissionalmente, serão vigilantes e honrarão os seus deveres para com a Pátria.
Cidadãos educados serão cidadãos mais saudáveis onerando menos a saúde pública.

E melhores cidadãos contribuirão para uma sociedade mais segura reduzindo os gastos da segurança pública.

A pergunta que não quer calar é: O que você está fazendo nesse sentido?

14 março 2017

A carência de valores que nos assombra

ilustração por Valter Mello
Ontem pela manhã, acompanhei minha esposa ao médico, exatamente no horário da entrada de um colégio que fica em frente ao local da consulta.

Na falta de algo pra ler, fiquei observando a entrada de alunos por volta de uns 15 a 20 minutos e o que vi não é exatamente um painel elogioso sobre os valores daqueles que são “o futuro da nação”.

Eu estava em uma posição privilegiada para ver os carros que chegavam e como paravam, as interações no desembarque, e a passagem dos alunos pela portaria.
Sem medo de errar, eu digo que menos de 20% dos alunos cumprimentaram o porteiro ao passar por ele.

Ainda menor do que esse percentual, foi o dos alunos que ao descer dos carros dos seus pais, lhes deram um beijo, ou ao menos um “tchau” ou tiveram uma interação mínima. A imensa maioria saiu do carro completamente indiferente a que estava ao volante.

E inversamente proporcional a isso, foi o dos carros parando no meio da rua ou em fila dupla, para não se dar ao trabalho de encostar no meio fio, ainda que haja um bom trecho de calçada livre em frente à portaria exatamente para evitar congestionamento na rua estreita.

Não quero afirmar aqui que essa falta de civilidade seja exatamente culpa da escola, uma vez que tenho a opinião de que educar não é a função primeira de uma instituição de ensino.  Esse tipo de educação deve vir de casa.
Entretanto, imagino que uma escola que pretende formar nossos futuros líderes, cuja mensalidade deve beirar os R$1.000,00 senão mais, e cujos alunos são levados até ela em grandes SUVs e carros nada populares, deveria cuidar da formação também em cidadania e não se preocupar só com o faturamento e com boas notas do ENEM.

Como imaginar que adolescentes que são completamente indiferentes ao porteiro que diariamente cuida de sua segurança, estejam desenvolvendo bons hábitos de urbanidade?

Como imaginar que adolescentes que percebem seus pais apenas como motoristas, talvez até como reflexo de não ver neles os exemplos mínimos de respeito ao próximo, estejam desenvolvendo noção de respeito

Como eu aposto que isso se repete em outras escolas particulares por aí, eu pergunto:  É essa a qualidade dos líderes que estamos desenvolvendo?  São eles que mudarão o Brasil para melhor?

Pobre Brasil!

25 janeiro 2017

A vida é mesmo como um Jogo de paciência?

photo by Carlos Paes in www.freeimages.com
Há muito que tenho cultivado a imagem que a vida é como um jogo de paciência, em qualquer das suas inúmeras versões.
O virar de uma carta (evento aleatório) interfere na sequência como todas as cartas já conhecidas e devidamente posicionadas serão rearranjadas, e muitas vezes ocorrem situações irremediáveis e não conseguimos levar o jogo até o final.  Tal como na vida, dependendo de qual o nível de dificuldade que se tenha imposto, as probabilidades de terminar o jogo com sucesso podem ir de 90% até 20% ou ainda menos.
Isso tem a ver com decisões, desafios, e recompensas. E de novo, tal como na vida, tem a ver com o valor que atribuímos a cada uma dessas coisas.

De uma conversa pela manhã, em que eu e minha esposa conversávamos sobre os "E se" da vida: E se eu me graduasse em medicina?, ou em direito?, E se eu tivesse migrado para o departamento de manutenção?, e se eu não tivesse me demitido do emprego?, E se eu tivesse insistido mais nos negócios do meu pai?, e se eu tivesse ido trabalhar em Manaus, E se eu me graduasse no ITA?  E brincávamos sobre os impensáveis cenários atuais resultantes dessas opções.

Em seguida li uma postagem da minha nora com "lembranças" no facebook, justamente falando de suas decisões, e surgiu-me a ideia de fazer uma pequena postagem sobre o assunto.

As decisões que tomamos são libertadoras (comentário de outra pessoa na mesma postagem).  Ao que eu acrescentei que as decisões que tomamos fazem a nossa história.  Uma única história!

Entretanto, as decisões que poderíamos ter tomado fariam infinitas diferentes histórias cujos resultados jamais saberemos. Compõem uma infinita sucessão de "Se".  Considerando que eu não creio em universos paralelos, não vale a pena sequer pensar em quais seriam os resultados das outras histórias porque elas nunca aconteceram.

A vida só conta a partir das decisões tomadas.

Assim sendo...   'mbora decidir!

E você concorda ou discorda?

Ah! Se você gostou  desse texto, creio que gostará de ler também sobre as lições do vaso quebrado:

http://circodasideias.blogspot.com/2014/07/o-vaso-quebrado-e-suas-licoes.html

24 dezembro 2016

Por um Natal e novo ano de ações

photo by Brian Strevens in www.freeimages.com


Olá pessoal
Nestes últimos dias eu andei refletindo muito sobre o que escrever sobre o Natal e o novo ano, e decidi não escrever nada no estilo natalino.
Solidariedade, Hospitalidade, Civilidade, Compartilhamento, Respeito, são algumas das palavras que comporiam o meu texto, mas só quero lembrá-los de que para que valham alguma coisa não basta escrevê-las, precisamos de ações.

Esqueçam frases bonitinhas, cheias de efeito e luzinhas piscando, os Corais natalinos e as árvores enfeitadas, Esqueçam os amigos secretos, esqueçam as trocas de presentes, esqueçam o Natal do consumo, esqueçam as orações e as bênçãos de ocasião.

Em lugar disso, façam a si mesmos a promessa de que todos os dias, e não só nos próximos dias, vocês agirão no sentido de tornar esse mundo um pouquinho melhor, deixando de olhar apenas para vocês mesmos.  Uma pequena boa ação por dia, e um olhar para além do seu próprio umbigo já seriam suficiente, mas eu tenho certeza de que, se você é meu amigo, você é capaz de muito mais.

Qual será a sua contribuição para que:

Nos novos anos as notícias sobre guerras e violência sejam a exceção e não a regra, que só tenhamos fotos de crianças sorridentes nas revistas e noticiários, que políticos confiáveis sejam mais reais do que os elfos de Papai Noel, que nossos níveis educacionais ganhem destaque positivo, que possamos atravessar a rua em uma faixa de pedestres sem medo do atropelamento, que tenhamos menos carrinhos de supermercado largados pelo estacionamento, que uma vaga ou uma fila para pessoas especiais sejam respeitados, que mais pessoas respeitem os direitos do próximo e lembrem-se que todos temos deveres com esse próximo.


Enfim, tá bom vá!  Ainda dá tempo de fazer algo para este Natal, e fazer um 2017 minimamente decente (o que já será um bom começo), só depende de você.

01 dezembro 2016

Onde estão os conversadores?

photo by Carlos Paes in www.freeimages.com
Eu não sou um saudosista empedernido daqueles que vivem louvando “os velhos bons tempos”. Vivo muito bem no presente e vivo com intensidade. Entretanto, tenho que admitir que sinto falta daqueles tempos em que não precisávamos ter tantas preocupações com segurança, em que as pessoas pareciam mais puras, em que podíamos confiar em desconhecidos sem tanto medo de sermos passados para trás. Tempos em que a vida parecia mais simples e o tempo corria mais devagar.
Ops! Será que estou sendo saudosista?  Até acho que sim! Talvez porque eu vivi um tempo em que era possível andar de madrugada pela cidade, fazer camping selvagem em qualquer praia da Rio-Santos preocupando-me somente com o qualidade do repelente e com o limite da maré alta, encontrar gente disposta a conversar, e pasmem: com uma conversa gostosa daquelas que a gente não queria que acabasse.

Onde foram parar os conversadores?

Aliás onde foram parar os assuntos interessantes das conversas? Atualmente está difícil vencer a concorrência com os celulares. Parece que as pessoas nunca estão onde seus corpos estão. É um tal de ver gente falando ou rindo sozinha, voando pendurada pelos fones de ouvido em suas orelhas, ou mais recentemente caçando monstrinhos digitais.  E tem gente achando que até o Facebook está ultrapassado e que agora toda conversa pode ser resumida num whatsapp com meia dúzia de palavras, quando muito num aúdio de alguns segundos.
Paradoxalmente, somos todos indivíduos sem individualidade numa coletividade de cada um pra si.

Conversadores, estão ficando raros. Não se iludam os que vêem aglomerações nos botecos e acham que ainda são redutos para conversas interessantes. Quando muito são intermináveis e chatíssimas discussões sobre o time do coração, ou sobre os atributos do garoto/garota da mesa ao lado, mas e assim com baixíssima compreensão por conta do barulho reinante.

Hoje em dia, para se achar um conversador genuíno, temos que pegar uma moto, um jipe, uma bike, e sair para o interior até sentir o cheiro de café no bule e a fumaça de um fogão à lenha (rezando pra não ser assaltado no caminho!).  E então procurar pelos indícios típicos: Um caminhar devagar, um terreiro limpinho, flores na janela, horta bem cuidada. Se tiver sorte, um banco longo debaixo do beiral.

Aí, toca aproveitar o momento. Não se preocupe com selfies ou fotos. Nem peça o cartão ou o telefone Apenas converse. Você não faz ideia da transformação que isso provocará.



03 novembro 2016

Por que não invadir hospitais para melhorar a saúde pública?

imagem por Erika Wittlieb em www.pixabay.com
Eu tenho tentado deixar o “Circo das Ideias” um pouco mais leve, ficando sem tocar nesse lixo ideológico, nesse vomitório de asneiras que os walking dead das esquerdas tentam impor ao povo brasileiro.
E desse modo, até agora eu deixei de lado as ocupações das escolas, por entender que muitas vozes coerentes já se manifestaram contra elas.

Mas, não me contive e tenho que me manifestar.  Essas asneiras todas que tem ocupado o plenário do nosso parlamento e essa vocação para defender baderneiros, estão me deixando irritado.

Em primeiro lugar, é preciso lembrar que a Dilma – que Deus a tenha – em uma de suas pataquadas forjou o lema Pátria Educadora para, em seguida, cortar a verba da educação, conforme foi amplamente noticiado no final do ano passado.  E eu não me lembro de ter visto nem ouvido nenhuma invasão de escola para protestar.

E agora a grita é contra um Projeto de Emenda Constitucional, que eu duvido que 1% dos defensores do nosso sistema educacional sequer tenham lido.  E se leram, duvido que tenham entendido, já que nossas escolas se especializaram em formar analfabetos funcionais.

O ponto é que não há um mínimo de lógica em invadir escolas – sim! Invadir e não ocupar – querendo com isso defender o que quer que seja para melhorar o nosso sistema de ensino.  Educação se melhora com aulas e não com a ausência delas.

Por que não invadir hospitais para melhorar a saúde pública?

Levando esse raciocínio torto às últimas consequências, então porque não invadir hospitais para melhorar a saúde pública?   Aliás, tenho uma ideia: Esse pessoal também reclama muito do nosso sistema carcerário. Que tal invadir uns presídios e se trancar por lá?  Seria ótimo, não seria?
Há também a questão dos direitos e responsabilidades dos invasores.  Esses pseudo intelectuais  que defendem que uma minoria baderneira tem o direito de cooptar uns descerebrados de 15 ou 16 anos para fazer o trabalho sujo de tomar prédios públicos e impedir as aulas, deveria também assumir que então a molecada tem idade para assumir qualquer tipo de responsabilidade, inclusive criminal, e portanto são plenamente a favor da redução da maioridade. Ou não?  Daí não vale?  Ou estão agindo como bandidos que são e usando a molecada como escudo?

Fazer com que nossos jovens fossem mal formados era parte da estratégia da nossa inteligentzia ao longo das últimas décadas.  O trabalho foi razoavelmente bem feito uma vez que temos pelo menos duas gerações perdidas, e consequentemente mais algumas décadas até a recuperação.


Mas, felizmente parece que o Brasil está reagindo. 
Eu acho que está mais do que na hora dos alunos de verdade e seus pais, se mobilizarem para fazer valer o direito às aulas.
Ainda há tempo para boas notícias.

26 outubro 2016

Todomundo, Alguém, Ninguém, Qualquerum



Era uma vez...
Quatro empregados que se chamavam: Todomundo, Alguém, Qualquerum, e Ninguém.

Havia um importante trabalho a ser executado e Todomundo estava seguro que Alguém iria fazê-lo.

Assim que soube, Alguém ficou muito aborrecido com a situação, pois entendia que o trabalho era de Todomundo, embora Qualquerum pudesse executá-lo. Ninguém imaginou que Todomundo iria deixar de fazê-lo. Desse modo Ninguém tomou a iniciativa.

Todomundo culpou Alguém, quando Ninguém fez o que Qualquerum poderia ter feito.

E assim a história termina.

Provavelmente vocês já leram isso antes, mas escondido nesse jogo de palavras há uma mensagem muito interessante. Será que isso lembra alguma situação real para vocês?

Na dúvida, ao invés de fazer como Todomundo, chame a responsabilidade para si e faça. Esse comprometimento fará muita diferença em suas vidas pessoais e profissionais.




29 julho 2015

O Caminho do bezerro

by Sam Walter Foss (1858-1911) - poeta americano

Um dia, através da floresta primitiva, um bezerro caminhava de volta para sua dormida, como os bons bezerros faziam;
Mas ele fez uma trilha cheia de curvas e voltas, uma trilha tortuosa, como todos os bezerros fazem.
Desde então trezentos anos se passaram, e devo presumir que o bezerro esteja morto.
Mas ainda assim ele deixou o seu rastro, e dele se originou o meu conto moral.

A trilha foi retomada no dia seguinte por um cão solitário que por ali passava;
E, em seguida, uma sábia ovelha guia que procurava uma trilha sobre os vales e encostas também guiou o seu rebanho através dela, como as boas ovelhas guia sempre fazem.
E a partir daquele dia, sobre as colinas e clareiras, através daquela velha floresta, um caminho foi feito;
e muitos homens seguiram por ele entrando e saindo pelas suas voltas e curvas, e proferiram palavras de justa ira por ser aquele um caminho tão tortuoso.

Mas ainda assim continuaram seguindo, não riam, o caminho originalmente aberto por aquele bezerro através da floresta,
uma trilha tão incoerentemente traçada quanto o rumo incerto pelo qual ele caminhava.
E a trilha na floresta se transformou em um caminho, que se curva e se volta, e novamente se dobra.
Este caminho se tornou uma estrada, onde muitos pobres cavalos com suas cargas fatigavam-se sob o sol escaldante,
e viajavam cerca de três quilometros para percorrer apenas um.
E depois de um século e meio, eles ainda pisavam sobre as pegadas daquele bezerro.

Os anos se passaram muito rapidamente.
A estrada tornou-se uma rua de uma vila,
E, antes que os homens percebessem, em uma tumultuada artéria de uma cidade,
Que em breve transformou-se na rua central de uma renomada metrópole;

E os homens, após dois séculos e meio continuavam pisando sobre as pegadas de um bezerro.
A cada dia cem mil seguem o zigzag do bezerro, e sobre aquele seu caminho torto passou o tráfego de um continente.
Cem mil homens foram guiados por um bezerro morto há três séculos,
e perdem cem anos em um dia, por conta da reverência que prestam ao tão bem estabelecido precedente.

Fosse eu um pregador ordenado, eu poderia ensinar uma lição moral com estes versos;
Para homens que são propensos a seguir cegamente ao longo dos caminhos de bezerro de suas mentes,
e a trabalhar de sol a sol
repetindo o que outros homens já fizeram.

Eles palmilham nas trilhas batidas, para fora e para dentro, para frente e para trás,
escolhendo sempre os mesmos cursos errantes, para manter o caminho que outros já seguiram.
Eles mantém o caminho traçado, um sulco sagrado ao longo do qual passam como todos os que antes deles vieram;
Como devem estar rindo os antigos e sábios deuses da floresta,
eles que viram o primeiro e primitivo bezerro e seu andar incerto!

Ah, quantas coisas esses versos poderiam ensinar – Mas eu não fui ordenado pregador.

Colhido e traduzido por Valter Mello em Fevereiro de 2000.

14 janeiro 2011

Tragédias naturais e suas consequencias humanas

Ontem eu vi no Jornal da Gazeta, uma entrevista com Ermínia Maricato, do Laboratório de Habitação e Assentamentos Humanos - LabHab - USP.

No link acima vocês poderão ver a quantidade de artigos e livros publicados por ela sobre o assunto que nos assombra a cada verão.

Na entrevista ela afirmou que nossas cidades ficarão cada vez piores (isso quer dizer mais mortes à cada desastre natural) por absoluta falta de  visão dos nossos políticos sobre a criticidade do assunto, bem como a conivência com os interesses especulativos e imobiliários.  Segundo ela, a solução passa por uma inserção de fato dos mais pobres na estrutura das cidades.

Hoje pela manhã li também o excelente artigo de Ruth de Aquino "Falta uma UPP para a natureza" em que ela discorre sobre o descaso de nossos governos sobre o assunto.

É evidente que somos impotentes contra a natureza e que desastres naturais são tão certos quanto 2+2. Mas isso não significa que temos que acumular a quantidade de mortes que estamos colecionando nas últimas décadas por absoluta visão torta sobre a ocupação urbana (veja por exemplo o que fez Brizzola no Rio de Janeiro).

Todos os especialistas são categóricos em afirmar que o custo da prevenção é infinitamente menor do que os gastos em recuperação.  E o custo das vidas humanas, esse é imensurável!

Nós, formadores de opinião, precisamos nos engajar nessas questões cobrando, e melhor ainda, participando de ações efetivas no local em que vivemos.  Talvez assim possamos reverter essa macabra equação.



 

 

13 dezembro 2010

Moral ou legal?

Faz tempo que não posto nada por aqui. É o meu velho dilema entre ter tempo e pagar as contas!

Mas agora pela manhã, após ler uma notícia que dá conta que o TSE liberou mais de 1/3 dos fichas sujas, eu fico me perguntando:

Para um juiz, entre tomar uma decisão estritamente legal ou muitas vezes possivelmente legal entre várias alternativas, ou uma outra decisão MORAL, qual deveria ser a sua orientação?

Eu acho que estabelecer o discernimento entre o estritamente legal e aquilo que é moral e esperado pelo povo brasileiro é do que carece a justiça brasileira tão emaranhada de leis.

Os nossos legisladores parecem um bando de redatores de manuais de instrução em que pretendem regular letra por letra toda a conduta de nós brasileiros, fazendo parecer que tudo pode ser previsto em lei, e levando à idéia, na minha opinião equivocada, de que se não está na lei então pode!

Isso faz também com que não baste que os ilícitos estejam previstos em lei, exige também que se fiscalize o cumprimento de tal lei, porque senão ela será descaradamente descumprida. E a partir disso, VIVA A IMPUNIDADE!.

Quando passaremos do manual de instruções para o moral?

04 maio 2010

GINCO 2010

Esta é uma postagem com atraso, afinal a gincana do Colégio Objetivo já acabou há 2 fins de semana. No entanto, embora atrasado eu não poderia deixar de fazer este comentário.
Nestes últimos 2 anos eu tenho participado fazendo cenários para algumas coreografias dando suporte não só as idéias mirabolantes da coreógrafa (campeã!!!!)que é minha filha, mas também porque acho legal participar do evento por acreditar na sua importância para a formação da molecada.
O evento do Objetivo é legal pela forma como é feito congraçando toda a escola em 3 equipes que se esforçam durante um mês para levar à cabo as tarefas que envolvem planejamento, resolução de conflitos, busca de patrocínio, administração dos recursos e do tempo, tudo isso em busca de conquistar o primeiro lugar.
Mas nem só de brincadeiras vive a gincana. Cabos de guerra, guerra de água, patins e pular corda são atividades lúdicas que despertam a garra da molecada, mas tarefas de coleta de alimentos não perecíveis e roupas ganham destaque na pontuação porque faz mais pontos a equipe que mais toneladas recolhe.
Antes, as coreografias que são o ponto alto do último dia, eram compostas pelos próprios alunos, que confeccionavam o figurino, ensaiavam e dançavam, mas o resultado acabava por não acrescentar nada ao aprendizado. Agora contratam coreógrafos e com isso ganham em qualidade e vêem de perto a complexidade de montar um espetáculo com os recursos disponíveis e tempo escasso. E vibram com o comprometimento de cada um e com o resultado visual.
Ah, e tem também o envolvimento dos pais que devem cumprir suas tarefas inclusive dançando.

Mas por que essa babação de ovo sobre uma gincana de um colégio de elite?

Porque sinto muito por não ver esse tipo de acontecimento nas escolas públicas!
No meu tempo de estudante (e nem vou dizer quanto tempo faz) tínhamos um nível educacional altíssimo e era a elite que fazia questão de estudar em escola pública.
Existiam feiras de ciência concorridíssimas, feiras temáticas - eu me lembro até hoje de um ano em que ficamos incumbidos do século XX e fizemos uma enorme mostra tecnológica. Clubes de ciência (quantos foguetes explodimos nos fundos do colégio). As fanfarras e seus concursos.
Havia um genuino envolvimento dos alunos e dos professores.

E agora?
Recentemente vi um vídeo de uma escola da periferia cuja fanfarra só existe por conta do diletantismo e dedicação de um único professor.
E cadê os professores apaixonados? e os alunos interessados?

A instituição da escola no Brasil nunca foi muito realizadora. Sempre foi muito calcada no giz, quadro negro e muito, muito texto. Mas chegou a haver um tempo em que eu pensei que isso estava mudando. Que pena que foi apenas uma bôlha!

Acho que temos que fazer mais do que votar bem. Quem não tem planos para a educação já não deve merecer o nosso voto de cara! Temos também que arregaçar as mangas e resgatar a escola pública antes que não exista mais nada pra recuperar!

20 março 2010

Sobre política e corrupção...

Assitam e reflitam. Parece que as coisas no Brasil não mudam mesmo...

15 fevereiro 2010

Todomundo, Alguém, Qualquerum e Ninguém

Era uma vez.......

uma empresa em que quatro pessoas que se chamavam:

TODOMUNDO, ALGUÉM, QUALQUERUM e NINGUÉM.

Havia um importante trabalho a ser feito e Todomundo acreditava que Alguém iria executá-lo. Qualquerum poderia fazê-lo, mas Ninguém o fez.

Alguém ficou aborrecido com isso, pois entendia que sua execução era responsabilidade de Todomundo. Todomundo pensou que Qualquerum podia executá-lo, mas Ninguém imaginou que Todomundo não o faria.

Final da estória:

Todomundo culpou Alguém, quando Ninguém fez o que Qualquerum poderia ter feito.

23 janeiro 2010

O garoto que domesticou o vento

Vi no "Saia do Lugar" que é um site muito legal feito por uns caras muito dedicados e dispostos de verdade, a desenvolver o empreendedorismo no Brasil, a história fantástica de William Kamkwamba, um jovem que, aos 14 anos, e sem conhecer Jean Cocteau, levou ao pé da letra a famosa frase deste: "Sem saber que era impossível, ele foi lá e fez".
Nascido no Malawi, talvez o país mais pobre do mundo, sem dinheiro nem pra ir à escola, deu um exemplo de empreendedorismo ao construir sozinho 2 moinhos de vento para geração de energia na vila em que morava.

A história é comovente e inspiradora. Assistam os 3 vídeos e aplaudam! Mas mais do que aplaudir, inspirem-se!






Este vídeo é do TED 2009, portanto 2 anos depois do vídeo acima. Vejam a desenvoltura do garoto.

13 outubro 2009

Notas sobre sucesso

O meu blog é pretenciosamente sobre idéias.
Desde 1984, existe um evento anual, que originalmente era nos Estados Unidos mas que agora ocorre em vários lugares do planeta, e que se chama TED (de Tecnologia, Entretenimento, Design). Hoje não se limita às 3 áreas originais, e cada ano que passa cresce o número de palestras fantásticas e inspiradoras.

No meu outro blog com pretensões profissionais o Clínica-Blog, eu postei hoje um link para a palestra do Richard St. John que em 3 minutos delineia com muita propriedade 8 fatores de sucesso.

Mas vale a pena visitar o site do TED também pelas outras palestras disponíveis em vídeo. Duvido que você não encontre uma que lhe traga uma idéia nova sobre alguma coisa.

21 setembro 2009

Sobre motociclistas

Nestas últimas duas semanas, tive a oportunidade de ler dois artigos publicados no jornal semanal "Sete", que circula em Mogi das Cruzes e região, falando sobre o comportamento de motociclistas no trânsito e sobre a legislação pertinente, e sobre os quais resolvi dar minha opinião:

Achei extremamente oportuno o artigo do Dr. Maurimar Bosco Chiasso (semana 13 a 19/09) sobre os motoqueiros endoidecidos.

De fato, a circulação de motocicletas em geral, sejam de motofrete, sejam de puro transporte ou lazer, precisa mesmo ser regulamentada à luz de uma nova visão sobre esse tipo de veículo.

Do mesmo modo, compartilho com a opinião do arquiteto Luiz Roberto Villa (semana 20 a 26/09), sobre a falta de projetos incisivos que resultem em melhoria na convivência com esse tipo de veículo e serviços em que são usados.

Em primeiro lugar é preciso destacar que já fui um motociclista esportivo (e pretendo voltar à prática em breve), e que penso que o veículo não traz o bem ou o mal em si mesmo. O problema é o juízo de quem está sobre ele, do mesmo modo que num carro ou numa bicicleta.

De fato venho notando um aumento na quantidade de acidentes de trânsito envolvendo motos, em que a causa foi a nítida inconsequência, quando não imperícia, do piloto. E imagino o custo social e de saúde pública que essas ocorrências vem acarretando.

Na minha opinião, para fazer valer o princípio fundamental do CBT citado no artigo a que me referi, o primeiro passo deveria ser uma severa reformulação, e uma não menos severa fiscalização sobre os cursos de formação de condutores. É inadmissível que uma pessoa consiga ser habilitada para dirigir um veículo motorizado, sem a necessária consolidação dos conhecimentos teórico e prático, nos moldes em que a legislação brasileira hoje o permite.

Em segundo lugar, falta-nos uma mínima fiscalização dos orgãos competentes, que possa evitar os abusos e o desrespeito ao Código Brasileiro de Trânsito, que são praticados a todo momento, tanto por motoristas quanto por motociclistas.

Respondendo à pergunta do Dr. Chiasso: Não acontecerá nada diferente ao fluxo se os motociclistas não fizerem uso dos “corredores” enquanto o tráfego estiver fluindo em velocidade razoável. Ocuparão o espaço de um veículo como manda a lei e tudo correrá a contento!

Quando a corrente de tráfego reduz sua velocidade para 20km/h ou menos, como é comum nas horas de rush, não haverá problema em que as motos sigam entre os carros (pelas pistas da direita e em velocidade limitada) porque o tempo de reação de todos será suficiente para evitar acidentes.

Ou seja, o fundamental é o velho e simples bom senso!

Aos nossos legisladores (que deveriam ser os pilares do bom senso), eu peço:

Dêem uma olhada na legislação sobre tráfego no mar, em que a obrigação do desvio é sempre da embarcação menor, e mais ágil, ao contrário do que quer nos fazer acreditar a “gang” dos maus motociclistas (e que infelizmente fazem tanta bobagem que parecem ser a maioria).

Deixem da bobagem de querer regulamentar a lei que legaliza os mototáxis e as motos com 2 passageiros. Isso está na contramão da segurança pessoal, e só vai aumentar os assaltos usando as motos como veículos, assim como aumentar o custo da saúde pública com acidentes e outras ocorrências. Será que os mototaxistas legalizados terão obrigação de oferecer capacetes esterilizados aos seus passageiros kamikaze? Pagarão os prejuízos de um eventual acidente?

Deixem de bobagem em criar leis oportunistas e façam cumprir aquelas já existentes.

E de uma vez por todas, vamos dar prioridade à educação.

Sim, porque na base de tudo, está a tristemente crônica deficiência em nosso sistema educacional. Como queremos que alguém seja civilizado, que respeite o próximo, e que entenda minimamente aquilo que lhe é ensinado, com a formação que lhe é dada nas nossas escolas?
Quantas gerações serão necessárias para que tenhamos uma educação básica que viabilize cidadãos e que disso redunde bons brasileiros, bons motoristas, bons motoqueiros, e bons vizinhos?

Portanto senhores legisladores, bom senso!

30 julho 2009

Moto-táxi? Mais um sapo pra ser engolido.

Como brasileiro eu já estou acostumado a engolir sapos diários, ouvir desaforos de políticos, insultos à minha inteligência, e ter que me sujeitar a leis bizarras.

Eu ia escrever sobre a palhaçada da regulamentação dos pontos e circuitos para os ônibus fretados em São Paulo, que vai na contramão da necessidade de reduzir veículos na cidade. Já tem gente que abandonou o transporte coletivo e está indo trabalhar de carro sózinho. Porém não escrevi sobre isso e já apareceu piada melhor.

Essa de regulamentar moto-taxis é demais!

Motos são veículos econômicos, versáteis, rápidos, além de divertidos, esportivos, etc. etc. etc... Diz a lenda que são perigosos, mas até um par de sandálias havaianas pode ser perigoso nos pés de um desajustado.

Em primeiro lugar, vocês já viram a quantidade de assaltos que ocorrem a partir da abordagem de duplas sobre uma única moto? Eu mesmo já perdi um amigo numa situação desse tipo. A ponto de eu já ter lido e ouvido várias vezes de legisladores versados em segurança que querem justamente o contrário: Que se proiba o tráfego de motos com 2 pessoas.

Agora com o disfarce do táxi haverá a legitimação da farra. Eu estou apostando no aumento da ocorrência desse tipo de assalto. Quero ver qual será o comentário inteligente do seu Lula daqui a algum tempo sobre esse assunto.

Além disso, andar sobre uma moto exige mais do que simplesmente equilíbrio. Exige, no mínimo, roupas e sapatos adequados, e equipamentos de proteção como luvas e capacetes realmente capazes de proteger o motociclista.

É claro que os nossos legisladores pensaram nisso: O piloto taxista antes de pegar o seu passageiro o fará responder a um questionário em que este declarará conhecer a técnica de ser garupa, que sua roupa e sapato são adequados, e que o piloto ficará eximido de qualquer dano físico causado ao passageiro ou a qualquer outro cidadão ou propriedade - inclusive a própria moto, que venha a ser causado por sua inabilidade.

O passageiro por outro lado, antes de subir na garupa, terá uma garantia assinada que o capacete oferecido está dentro da data de validade, que não sofreu quedas anteriores, é perfeitamente adequado ao tamanho da sua cabeça, e que acabou de ser esterilizado e portanto sem nenhuma possibilidade de lhe transmitir um vírus, uma conjuntivite, ou uma doença capilar qualquer.
Além disso, terá também a garantia que o piloto não o levará com excesso de velocidade pelos fatídicos corredores entre carros nas marginais.

Ah, é claro que o passageiro terá direito como brinde, a um santinho do Padre Marcelo e a um crédito de pontos no seu cartão milagre.

Que merda hein Srs. legisladores! Tomara que o bom senso predomine e que isso seja uma daquelas leis de prateleira e que nunca venha a ser regulamentada.

27 julho 2009

Você está louco!

Estou terminando de ler o novo livro do Ricardo Semler em português(depois de 18 anos do "Virando a própria mesa).

Aplausos pra ele! O cara é genial na forma como encara a vida e como materializa isso na gestão de suas empresas. É um livro que vale a pena ser lido.