Ontem eu vi no Jornal da Gazeta, uma entrevista com Ermínia Maricato, do Laboratório de Habitação e Assentamentos Humanos - LabHab - USP.
No link acima vocês poderão ver a quantidade de artigos e livros publicados por ela sobre o assunto que nos assombra a cada verão.
Na entrevista ela afirmou que nossas cidades ficarão cada vez piores (isso quer dizer mais mortes à cada desastre natural) por absoluta falta de visão dos nossos políticos sobre a criticidade do assunto, bem como a conivência com os interesses especulativos e imobiliários. Segundo ela, a solução passa por uma inserção de fato dos mais pobres na estrutura das cidades.
Hoje pela manhã li também o excelente artigo de Ruth de Aquino "Falta uma UPP para a natureza" em que ela discorre sobre o descaso de nossos governos sobre o assunto.
É evidente que somos impotentes contra a natureza e que desastres naturais são tão certos quanto 2+2. Mas isso não significa que temos que acumular a quantidade de mortes que estamos colecionando nas últimas décadas por absoluta visão torta sobre a ocupação urbana (veja por exemplo o que fez Brizzola no Rio de Janeiro).
Todos os especialistas são categóricos em afirmar que o custo da prevenção é infinitamente menor do que os gastos em recuperação. E o custo das vidas humanas, esse é imensurável!
Nós, formadores de opinião, precisamos nos engajar nessas questões cobrando, e melhor ainda, participando de ações efetivas no local em que vivemos. Talvez assim possamos reverter essa macabra equação.
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