O nome "Gran Circo" exprime bem a maneira como penso.
Aparentemente caótico, mas muito planejado, às vezes irônico mas sobretudo divertido.
Não esperem só palhaçadas.
Críticas e manifestações humanas em geral terão lugar garantido no picadeiro.

Agora vamos ver como os domadores e palhaços que moram entre as minhas orelhas irão se comportar!



14 janeiro 2011

Tragédias naturais e suas consequencias humanas

Ontem eu vi no Jornal da Gazeta, uma entrevista com Ermínia Maricato, do Laboratório de Habitação e Assentamentos Humanos - LabHab - USP.

No link acima vocês poderão ver a quantidade de artigos e livros publicados por ela sobre o assunto que nos assombra a cada verão.

Na entrevista ela afirmou que nossas cidades ficarão cada vez piores (isso quer dizer mais mortes à cada desastre natural) por absoluta falta de  visão dos nossos políticos sobre a criticidade do assunto, bem como a conivência com os interesses especulativos e imobiliários.  Segundo ela, a solução passa por uma inserção de fato dos mais pobres na estrutura das cidades.

Hoje pela manhã li também o excelente artigo de Ruth de Aquino "Falta uma UPP para a natureza" em que ela discorre sobre o descaso de nossos governos sobre o assunto.

É evidente que somos impotentes contra a natureza e que desastres naturais são tão certos quanto 2+2. Mas isso não significa que temos que acumular a quantidade de mortes que estamos colecionando nas últimas décadas por absoluta visão torta sobre a ocupação urbana (veja por exemplo o que fez Brizzola no Rio de Janeiro).

Todos os especialistas são categóricos em afirmar que o custo da prevenção é infinitamente menor do que os gastos em recuperação.  E o custo das vidas humanas, esse é imensurável!

Nós, formadores de opinião, precisamos nos engajar nessas questões cobrando, e melhor ainda, participando de ações efetivas no local em que vivemos.  Talvez assim possamos reverter essa macabra equação.



 

 

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