O nome "Gran Circo" exprime bem a maneira como penso.
Aparentemente caótico, mas muito planejado, às vezes irônico mas sobretudo divertido.
Não esperem só palhaçadas.
Críticas e manifestações humanas em geral terão lugar garantido no picadeiro.

Agora vamos ver como os domadores e palhaços que moram entre as minhas orelhas irão se comportar!



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29 outubro 2018

Reflexões pós eleições para a presidência

Bom! Agora no dia da redenção para 55% e dia do velório para 45%, vamos para algumas reflexões:
Disseram alguns que a vitória do Bolsonaro foi a vitória da ignorância e do atraso. Podemos examinar isso sob duas formas:

a) Considerando que Bolsonaro ganhou de goleada no Sul, no Sudeste, e no Centro Oeste, então podemos deduzir que essa é a parte "ignorante" do país. Por aqui temos 65% a 70% de ignorantes e ~30% de "politizados e inteligentes". Mas a "elite" continua sendo a turma dos 70%. Só rindo!
E daí, chegaremos à conclusão que a inteligência e politização são inversamente proporcionais ao IDH. Wow! Que conclusão brilhante senhores ideólogos do caos! Só que não, né! Talvez seja por isso que a África é um continente do primeiro mundo e predominantemente democrática, e a Escandinávia seja a parte mais pobre do continente europeu. Oras!

b) Bolsonaro só perdeu nos bolsões de pobreza que infelizmente ainda existem no Brasil, nos quais ainda dominam o coronelismo, os currais eleitorais, a seca, a fome e a falta de recursos básicos. Consequentemente, podemos concluir que os votos das esquerdas dependem da eternização dessas condições, visto que tiveram tempo para pelo menos estruturar o desenvolvimento dessas regiões mas, ao invés disso mantiveram o povo carente na base das bolsas, contrariando o Gonzagão que em Vozes da seca cantava: "...uma esmola a um homi que é são, ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão". De fato as esquerdas cuidam tanto dos pobres que os mantém.

Como razão para a vitória da direita você pode escolher (a) ou (b). Mas não se preocupe, o choro é livre e, como eu já disse outras vezes, o céu não cairá sobre nossas cabeças. Só é preciso enxugar as lágrimas e começar a fazer a sua parte trabalhando, e não reclamando.

08 outubro 2018

O Brasil está mais leve hoje 08 de Outubro de 2018

Parece que o Brasil acordou mais leve nesta Segunda. A limpeza do Congresso e da Câmara ainda não foi a desejada, mas já tirou de lá um bocado de lixo e não deu chance para que outros se reelegessem. Alguns mais gosmentos ainda continuam, mas nem tudo é perfeito. Mas já não passarão! Não terão vida fácil.
Dá pena ver que bizarrices como Tiririca, Jeep Wyllis, e alguns corruptos confessos e condenados continuam sendo eleitos e bem votados. Ou porque temos eleitores com um senso de humor incompreensível, ou porque ainda lhes falta patriotismo e senso de pertencimento.
E me dá mais pena ainda perceber que o nordeste, terra tão bonita e de gente tão boa (onde aliás tenho grandes amigos), ainda é um depósito de nosso lixo político, e de tantos exploradores da miséria do povo. Basta ver onde convivem os oligarcas e os "PTgarcas" que enganam o povo oferecendo esmolas e promessas eternas, como disse Gilberto Gil em Procissão:
"Muita gente se arvora
A ser Deus
E promete tanta coisa
Pro sertão
Que vai dar um vestido
Pra Maria
E promete um roçado
Pro João"
(É interessante como as letras dos esquerdistas jogam contra o que a esquerda vinha praticando ).
A mim pareceu que essa eleição foi o início da guinada para botar o Brasil (adernado à bombordo) em pé novamente.

18 abril 2017

Aniversário do impeachment da Dilma

Agora há pouco, vi uma postagem do Luciano Pires no Facebook (de ontem), em que ele pergunta aos seus leitores se o Brasil está melhor ou pior, depois de um ano do impeachment da Dilma.

Na minha opinião, Sem dúvida está melhor!

É claro que há de se fazer uma contextualização. Melhor não significa, nem de longe, que todos os problemas estejam resolvidos ou em vias de.  Melhor não significa, como queriam alguns, que num passe de mágica o país tivesse se livrado de todo o entulho ideológico que se acumulou ao longo da gestão do PT. Melhor não significa que uma aura de santidade tenha sido incorporada aos nossos políticos.

Entretanto, está melhor porque houve um desmonte do projeto escuso de poder que vinha se tornando cada vez mais faminto. Há muito mais gente pensando o Brasil como uma nação e não como um quintal. E há um clima, hoje, ligeiramente mais otimista.

Ventos liberais estão soprando novamente e são muito bem vindos.

Para melhorar de fato, eu gostaria de ver a nossa mídia e as redes sociais ocupadas com discussões sobre projetos de educação e melhoria da saúde pública, como metas e planos de ação a começar de agora, ao invés de tanta discussão sobre os podres poderes, sobre delações e sobre desimportâncias.

E que o povo brasileiro passasse a pensar sobre o que cada um pode fazer pelo Brasil ao invés de continuar pensando como continuar parasitando o Estado brasileiro, exigindo direitos anacrônicos e questionáveis enquanto o barco Brasil continua adernado.

19 março 2017

o brasil contra O Brasil


Nós temos um problema muito mais sério do que vemos nos noticiários e nas redes sociais, e que ninguém se dá conta.  O brasileiro não leva o Brasil a sério.

Hahaha! Qualquer crise vira piada, vira um meme, uma charge, cheios de imaginação. Vira motivo de riso, e fica tudo por isso mesmo. Toda essa criatividade não está servindo para nada!

Começa porque somos uma terra de ninguém. O senso de pertencimento do brasileiro como povo é praticamente zero. Mesmo a meia dúzia de aguerridos militantes de esquerda que poderia chamar isso pra si, grita pelos motivos errados.

O nosso individualismo é congenitamente mal formado. De fato, não somos individualistas, somos uns dependentes precisando de reabilitação. Dependemos do Estado, dependemos de salvadores da pátria, dependemos dos pais dos pobres, dependemos sempre que alguém nos diga o que é melhor pra nós. Não acreditamos que possamos erguer um país por nós mesmos.

E por isso, acabamos elegendo gente desclassificada e sem cidadania alguma para exercer esses papeis. Não pode dar certo!

A nossa janela de percepção do Brasil e do mundo não é transparente

E para piorar só percebemos um mundo ficcional que achamos que é real. A nossa janela de percepção que é imposta pelos meios de comunicação (de A a Z sem exceção) é acreditada como sendo a realidade.   Isso me faz lembrar a "Caverna de Platão". - seja curioso procure saber do que se trata.

A nossa mídia formal abre janelas sequenciais de notícias diversionistas (sempre querendo tirar a nossa atenção do ruim para o pior), amplifica pequenas crises para que pareçam o mais novo apocalipse, planta notícias falsas ou meias verdades, enfim dirige a nossa atenção para aquilo que interessa momentaneamente a elas próprias ou aos interesses que defendem.  Infelizmente agem todo o tempo como Arautos do Caos.

Em paralelo a isso, empresas de publicidade de pesquisa a soldo, usam de todos os artifícios para também plantar "tendências" que a rigor não mereceriam uma linha pela confiabilidade.

E o povo brasileiro bovinamente, com suas "excelentes" habilidades de interpretar textos, e um senso crítico "perfeito" se submete a essas verdades instantâneas e usa as redes sociais para repassar tudo o que ouve ou vê (e não lê), achando que o céu cairá sobre nossas cabeças se o Temer continuar, se o Lula não for reeleito, se a Dilma aprender português, se o juiz isso, a previdência aquilo,
se o Trump...
É algo como se preocupar com as pulgas mas deixar o cachorro morrer de fome.

Hoje nós somos apenas o reflexo embaçado de um povo tutelado por um Estado patrão. Somos a sombra de um projeto falido de socialismo tropical, que em maior ou menor grau vem se arrastando desde Getúlio Vargas ou ainda antes.

A ideia equivocada de que o Estado social durará magicamente para sempre e que é um manancial inesgotável de recursos, continua encantando muitos cegos de informação.  E desse modo aqueles tais pais dos pobres, coronéis, ou simples aproveitadores continuam se locupletando sem limites, cantando o canto das sereias e se eternizando no poder.

Será que não está na hora de repensar o Brasil? 

Será que não está na hora de agir a partir de nossas reais prioridades?
Na minha visão as prioridades do Brasil se constituem em um tripé: Educação, Saúde e Segurança, em que a Educação é a perna que equilibra o sistema.
Só com um sistema educacional de qualidade é que constituiremos verdadeiramente uma nação. Isso só será possível quando restaurarmos uma escola sem vieses partidários, com professores bem formados que saibam sua real função em sala de aula.

É impossível que possamos construir algo sólido com a qualidade do repertório cultural, competências sociais e profissionais, que os nossos jovens apresentam hoje quando deixam os bancos escolares. Mas é possível mudar isso em 3 ou 4 gerações.
Depende da vontade política, mas isso deve ser imposto por nós mesmos. Já vimos isso acontecer em outros países que hoje são potências mundiais econômicas e sociais.

 Só pessoas com uma educação sólida passarão a pensar nas consequências de cada pequeno ato, saberão cuidar do meio ambiente e de sua própria saúde, serão cidadãos mais conscientes, serão produtivos profissionalmente, serão vigilantes e honrarão os seus deveres para com a Pátria.
Cidadãos educados serão cidadãos mais saudáveis onerando menos a saúde pública.

E melhores cidadãos contribuirão para uma sociedade mais segura reduzindo os gastos da segurança pública.

A pergunta que não quer calar é: O que você está fazendo nesse sentido?

10 dezembro 2016

Dia do Palhaço

photo by Paul Tom in www.freeimages.com
Dia do palhaço. O que comemorar?  Este ano de 2016 está longe de ter sido o ano que todos os palhaços de fé desejariam. Um ano em que todos rissem e fossem felizes. E que a alegre música circense, tocada por uma daquelas bandinhas simpáticas estivesse no ar.

Principalmente para nós brasileiros, foi um ano surreal, em que todos nós estivemos no picadeiro, porém apenas para servir de serragem para a maioria de nossos políticos.

Que venha 2017, e que a situação se inverta. Que sejamos nós os palhaços e eles a serragem.






15 novembro 2016

A PEC 241 não é pecado é penitência

photo by Michael Gaida in Pixabay.com

Você que é contra a PEC 241 já se deu ao trabalho de lê-la?  E mais importante, entendeu?
Eu queria muito não me manifestar sobre a PEC 241 mas é impossível resistir a tantos comentários e tantas opiniões daquela certa turminha barulhenta que se acha detentora do monopólio das virtudes.

Na noite de Domingo eu tomei um Dramin e fiz o esforço supremo de ouvir um debate em que o Lindbergh fazia contorcionismos retóricos para mostrar que a PEC 241 será o fim do Brasil.  
Num primeiro momento eu até achei que ele era só um analfabeto funcional, turbinado com um mandato e repetindo o de sempre. Mas quando eu o ouvi defender que o remédio para o Brasil é aumentar os gastos públicos, eu conclui que o problema dele não é analfabetismo funcional, é ideologia demais e conhecimento econômico de menos!  

Alguém precisa contar para ele que dinheiro não nasce das penas das canetas governamentais.

O texto do encaminhamento explica pontos importantes

A tal PEC não é perfeita, mas é o que dá para ser feito  sem aumentar impostos, o que seria inadmissível.  A lambança já foi feita, e não só pela Dilma e Lula.  Essa tendência esquerdista endêmica corrói o Brasil há décadas. O governo petista só fez piorar.
Chega a ser maçante a tática constante desse pessoal ao deitar falação indignada, apostando que poucos leem e menos ainda entendem o que leram. E assim continuam posando de defensores das melhorias da nossa educação e saúde, sem se dar conta que em 13 anos não fizeram absolutamente nada que contribuísse para alguma melhoria efetiva nessas áreas.
Pensassem de fato no Brasil e nosso lugar nos índices globais estaria hoje muito melhor.

O mais importante na PEC 241 não é o texto da emenda propriamente dito, que é absolutamente técnico.  O lance é ler e entender o texto de encaminhamento da PEC feito por Henrique Meireles e Dyogo Henrique de Oliveira, em que são explicadas as razões, os prós e os contras da medida.
O conjunto não propõe nenhum corte nos investimentos em saúde e educação como apregoam os contrários. Leiam o tópico 21: Lá somente aparece a sugestão de que esses investimentos sejam desindexados da receita fiscal da união, visto que é essa indexação que faz com que em caso de recessão essas áreas sofram com a falta de dinheiro.

A PEC dá poder ao Congresso

Outro ponto muito interessante é o do tópico 25, que desmente as baboseiras que vem sendo ditas sobre “entregar o país”, “desmontar o Estado” e outras sandices do gênero.   Vejam nesse tópico que as decisões relacionadas deixam de ser tomadas autocraticamente pelo Poder Executivo e terão que ser resolvidas pelo Congresso.  Trocando em miúdos isso diz que é o Congresso que terá que priorizar o que vai ser cortado ou não, e tudo considerando as despesas totais (sistemicamente e não individualmente).

Portanto, se houver cortes, a responsabilidade será do Congresso, que terá que justificá-los.

Oh moçadinha do mimimi, parece-me que democracia é isso, né não?   Os congressistas não são os nossos representantes eleitos pelo voto?

Então, o que é que a tal PEC tem assim de tão pecaminoso?  Leiam e entendam antes de emitir opiniões. Não está cortando nada – e isso seria virtuoso – está limitando os gastos. Coisa que o governos passados não souberam fazer.

Como disse o Senador Ricardo Ferraço, que também participava do debate, “a PEC 241 não é o pecado, é a penitência”.  Penitência essa que todos os cidadãos brasileiros terão que pagar pela falta de governança que grassou nos últimos 13 anos.


03 novembro 2016

Por que não invadir hospitais para melhorar a saúde pública?

imagem por Erika Wittlieb em www.pixabay.com
Eu tenho tentado deixar o “Circo das Ideias” um pouco mais leve, ficando sem tocar nesse lixo ideológico, nesse vomitório de asneiras que os walking dead das esquerdas tentam impor ao povo brasileiro.
E desse modo, até agora eu deixei de lado as ocupações das escolas, por entender que muitas vozes coerentes já se manifestaram contra elas.

Mas, não me contive e tenho que me manifestar.  Essas asneiras todas que tem ocupado o plenário do nosso parlamento e essa vocação para defender baderneiros, estão me deixando irritado.

Em primeiro lugar, é preciso lembrar que a Dilma – que Deus a tenha – em uma de suas pataquadas forjou o lema Pátria Educadora para, em seguida, cortar a verba da educação, conforme foi amplamente noticiado no final do ano passado.  E eu não me lembro de ter visto nem ouvido nenhuma invasão de escola para protestar.

E agora a grita é contra um Projeto de Emenda Constitucional, que eu duvido que 1% dos defensores do nosso sistema educacional sequer tenham lido.  E se leram, duvido que tenham entendido, já que nossas escolas se especializaram em formar analfabetos funcionais.

O ponto é que não há um mínimo de lógica em invadir escolas – sim! Invadir e não ocupar – querendo com isso defender o que quer que seja para melhorar o nosso sistema de ensino.  Educação se melhora com aulas e não com a ausência delas.

Por que não invadir hospitais para melhorar a saúde pública?

Levando esse raciocínio torto às últimas consequências, então porque não invadir hospitais para melhorar a saúde pública?   Aliás, tenho uma ideia: Esse pessoal também reclama muito do nosso sistema carcerário. Que tal invadir uns presídios e se trancar por lá?  Seria ótimo, não seria?
Há também a questão dos direitos e responsabilidades dos invasores.  Esses pseudo intelectuais  que defendem que uma minoria baderneira tem o direito de cooptar uns descerebrados de 15 ou 16 anos para fazer o trabalho sujo de tomar prédios públicos e impedir as aulas, deveria também assumir que então a molecada tem idade para assumir qualquer tipo de responsabilidade, inclusive criminal, e portanto são plenamente a favor da redução da maioridade. Ou não?  Daí não vale?  Ou estão agindo como bandidos que são e usando a molecada como escudo?

Fazer com que nossos jovens fossem mal formados era parte da estratégia da nossa inteligentzia ao longo das últimas décadas.  O trabalho foi razoavelmente bem feito uma vez que temos pelo menos duas gerações perdidas, e consequentemente mais algumas décadas até a recuperação.


Mas, felizmente parece que o Brasil está reagindo. 
Eu acho que está mais do que na hora dos alunos de verdade e seus pais, se mobilizarem para fazer valer o direito às aulas.
Ainda há tempo para boas notícias.

16 setembro 2016

A qualidade de nossos candidatos a vereador está horrível. Em quem votar?


A qualidade de nossos candidatos está horrível.  Em quem votar?

No tio da pamonha que promete que vai dar internet grátis, no Zé das Couves que sempre lutou pelo esporte da cidade, na Maria do Zé que promete ônibus grátis para estudantes e idosos, naquele outro que irá propor uma lei para que não chova nos fins de semana, ou no Gravatinha que se diz o amigo de sempre?  Isso sem se esquecer daqueles tantos dos partidos nanicos, que vão “lutar” por um suposto direito de uma auto rotulada minoria qualquer.

O populismo é a regra geral

A imensa maioria dos candidatos não sabe sequer quais são as funções de um vereador e sai prometendo realizações impraticáveis porque estão além de suas atribuições legais, bem como qualquer bobagem que pareça merecer um voto desavisado.  Também vejo essa ignorância política ou má fé colossal nas promessas de benefícios que procuram transferir ao município (o braço do Estado) a responsabilidade pelo bem estar e por direitos utópicos, sem se dar conta de que os nossos problemas de hoje vem justamente desse desequilíbrio rançoso entre direitos e deveres, e de modo mais prosaico pelo desequilíbrio entre receita e despesa.
Tirem o salário milionário e os benefícios pornográficos de um parlamentar para ver quantos candidatos veríamos na corrida eleitoral. Um? Dois? Nenhum?

Além disso, me parece que há também candidatos de mentira, que recebem alguns trocados para ocupar o tempo de TV falando do candidato a prefeito que é apoiado pelo seu partido nanico.
Além dessa corrida do ouro , o anacrônico sistema eleitoral e o horário gratuito ignoram qualquer sensatez e fazem nossos ouvidos de penico. Parece que há uma caixa cheia de tabuletas com frases clichês à disposição dos candidatos e que todos podem pegar tantas quantas conseguirem repetir nos parcos segundos em que mostram a cara feia na TV.  Não falam nada que se aproveite.

Teste prévio de competência

Seria muito mais adequado se os candidatos a vereador tivessem que passar por um teste em 3 etapas: Na primeira teriam que provar, em sessão pública, que sabem quais as funções de um vereador;
Na segunda teriam que convencer o povo do seu bairro ou distrito, cara a cara, da viabilidade de suas propostas e ideias;
E só depois disso é que ganhariam o direito de disputar nas urnas o nosso voto.
Entretanto, por enquanto não é assim que a banda toca.  Meu conselho é que NÃO votem em ninguém que venha insinuando algum tipo de favorecimento, ou que não tenham uma visão clara sobre o alcance de suas atribuições.  Eles só estão sonhando com o salário de vereador e vão lhe esquecer rapidinho.


Portanto, é bom lembrar que os vereadores são eleitos para que sejam representantes da sociedade, para propor e votar leis que atendam os interesses da coletividade na forma de benfeitorias, obras, e serviços, que sejam de interesse comum à população em geral.  Também são os responsáveis pela fiscalização das ações tomadas pelo poder executivo (Prefeito e Secretarias), principalmente no que diz respeito a aplicação do dinheiro público e na gestão das prioridades relativas às demandas do município.

crédito da foto: freeimages.com/Richard Dudley

07 setembro 2016

Mais uma greve - A quem interessa?


Mais uma desacreditada, inútil e indecente greve dos bancários está acontecendo.  Vai ter gente nervosa com a postagem, mas antes de começar o mimimi me respondam: O direito de um não termina onde começa o do outro? Então o do grevista não termina onde começa o do cidadão?  Esse que está sendo desrespeitado, que vai pagar suas contas com atrasos e juros, que fica com sua vida desorganizada?  Lembre-se que você bancário vive numa democracia e ninguém o obriga a ser bancário.  Não serve?  Vai procurar outro emprego! Simples assim.

Algum dia desses, se é que já não foi feito, um estatístico ainda fará uma correlação entre greves, anos eleitorais, sindicalistas em crises de libido, e a conjunção entre Vênus e Júpiter.  E aposto que chegará a conclusões tão inúteis quanto as próprias greves.

Por que digo que é uma greve desacreditada, indecente e inútil, tal qual a esmagadora maioria delas? 

Porque não faz nem cócegas nas instituições financeiras e nas grandes empresas. Só prejudicam mesmo a população, principalmente aqueles mais carentes e que tem menos acesso digital.

Essas greves são iguais xixi no poste. Só servem para marcar território dos sindicalistas. E quer saber:  Eles não estão nem aí pros bancários. Daqui a uns dias, serão chamados pra conversar, levam um “por fora” e voltam com um discursinho melequento destinado a convencer o rebanho que enquadraram os patrões, que a “luta” valeu a pena, e blá blá blá. 
Depois disso guardam as camisetas e os bonés vermelhos – nunca vi uma greve verde e amarela! E hibernam à espera da próxima oportunidade. E dependendo dos aplausos, com certeza estarão pedindo votos nas próximas eleições por um partidinho qualquer de esquerda.

Eu queria ver se essas greves de fachada se sustentariam se houvesse algum ônus. Tipo desconto (desconto de verdade) dos dias parados. Demissões; Se houvesse julgamentos duros sobre a legalidade. Se os cidadãos pudessem processar os sindicatos pelos prejuízos. Mas principalmente se houvesse cérebros e culhões para não aceitar o jugo sindical.

Mas enquanto houver essa miríade de sindicatos, nos mais diversos tons de vermelho, “lutando” pelos direitos dos trabalhadores (sério???), e enquanto houver trabalhadores acreditando que é preciso alguém ou o Estado para defendê-los, nós povo – outro rebanho – continuaremos a sofrer os efeitos.

O que parece é que somos destinados a sempre sermos "rebanho", seja de um senhor de engenho, de um coronel antiquado, de um padim padi ciço, de um Antonio Conselheiro, de um pastor, ou de um sindicalista(zinho).

E é só acabar a greve que estarão todos na mesma, ruminando novamente à sombra do seu opressor preferido e pensando na novela, no próximo BBB, no carnaval, no desempenho do seu time, ou anestesiados por uma rede social qualquer.

E ao final da apuração das próximas eleições, tudo continuará na mesma. É triste!

crédito da foto: freeimages.com/edu wagtelenberg

01 setembro 2016

Game over vermelhinhos!


Ontem, a democracia brasileira saiu vitoriosa. A democracia de verdade e não aquela palavra espúria que os esquerdistas teimam em utilizar como se dela fossem os donos . O Brasil ainda está doente, afinal foi muito maltratado nesses últimos anos, mas com indícios imediatos de melhora.

Com o impeachment de Dilma fechou-se um ciclo messiânico e perverso, delirante até, do governo petista que começou vendendo promessas, e que só ficou nas promessas até o melancólico final. Que de real mesmo, só conseguiu criar um buraco econômico abissal (com desemprego e perda de investimentos), as divisões internas (Norte vs Sul), uma multidão de pretensas vítimas, minorias (mas nem tanto) que passaram a acreditar que são melhores que o restante do povo também sofrido, e um exército de sem isso e sem aquilo, cujos membros descerebrados e seus líderes supremos continuam a acreditar no paraíso vermelho. O mesmo paraíso vermelho dos 100 milhões de mortos e dos líderes assassinos estampados pelas camisetas. O mesmo paraíso vermelho que nunca deu certo em nenhum país da Terra.

Não demorou nada para eu ouvir frases irônicas como “que bom, agora acabou o desemprego, não haverá mais pobres, ninguém mais vai reclamar da educação e da saúde” e outras bobagens do gênero.  Minha resposta foi imediata: “... o governo petista prometeu tudo isso e depois de 13 anos nada mudou, aliás piorou.  Então porque agora a melhora teria que ser imediata?”

A vitória não foi completa, há um certo aroma de pizza no ar com a manutenção dos direitos políticos da presidente deposta, num claro desrespeito à letra da Constituição.  A manhã também amanhece com cheiro de pneus queimados pelas avenidas e das bombas de efeito moral que a polícia teve que utilizar para dispersar os baderneiros.  Essa turba que acha que o Brasil se resolve no grito ainda vai dar algum trabalho, mas nada que a lei bem aplicada não dê um jeito.

Mas o céu está de novo azul e ventos liberais sopram para nos animar a trabalhar para levar o Brasil pra frente, para praticar democracia de verdade, e para que todos igualmente tenham acesso à cidadania,  Não nos enganemos. Ainda temos muito o que melhorar.  E precisamos que essa melhoria dependa somente de nós e de nenhum outro salvador da Pátria.

30 junho 2011

Até quando este governo continuará insistindo em nos tratar como acéfalos

Agora pela manhã vi no jornal Diário do Comércio e Indústria, uma notícia bastante ilustrativa de como o nosso governo federal nos acha acéfalos, e imagina que somos capazes de acreditar em qualquer estória da Carochinha que emane das conversas moles de qualquer ministro ou "autoridade pública".  Trata-se de um desdobramento da tentativa de fusão entre o Pão de Açúcar e o Carrefour.
Veja só:
"Durante uma audiência no Congresso Nacional, ontem à tarde, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, defendeu que o BNDES faça um investimento público bilionário para viabilizar a fusão proposta por Abílio Diniz. Isso porque, segundo o representante, a junção das empresas poderá estimular a exportação de produtos industrializados brasileiros. "Se for acontecer, será nessa direção", como afirmou Pimentel."
Fico indignado com essa candura com que os representantes do nosso governo subestimam a nossa inteligência, enquanto destratam a coisa pública.
O argumento usado pelo ministro Fernando Pimentel de que essa fusão poderá  estimular a exportação de produtos industrializados brasileiros é no mínimo risível, para ficar só em argumentos publicáveis.
Desde quando o Sr. Abílio Diniz está preocupado com isso?!
Mas com essa tentativa de apadrinhamento e com argumentos de defesa como esse, para uso do dinheiro público, começa a fazer todo o sentido, para mim, a aproximação dele com os atuais governantes, desde a campanha da Dilma.  Já estava de olho nas possíveis facilitações para os seus próprios negócios.  
Nesse governo há sempre uma mamata esperando por um "cumpanhêro", ainda que seja de última hora.
E assim segue o Brasil... Que pena!

27 maio 2011

De uma leitora do Jornal "A Folha" sobre o caso Palocci

O importante não é saber quanto Palocci enriqueceu com sua empresa de consultoria, mas saber quanto as empresas, suas clientes, enriqueceram com negócios ligados ao governo" (Cléa M. Corrêa, São Paulo, SP, 21/5).

16 maio 2011

Legitimar o falar errado é fortalecer o Apartheid social

Eu gosto do Senador Cristovam Buarque. Sua cruzada pela educação às vezes me parece até quixotesca em face aos descalabros e desmandos que temos visto grassar nas escolas brasileiras. Talvez seja uma voz clamando no deserto mas eu espero sinceramente que sua fala ajude a mudar o Brasil.

Vejam o que ele diz à respeito do escândalo do livro aprovado pelo MEC que faz apologia dos erros de português. Ele aproveita e critica a maneira como "criativamente" nós empurramos os nossos problemas sociais para debaixo do tapete.

parte 1
parte 2
parte 3
parte 4







28 abril 2011

Entrevista muito interessante sobre o desarmamento

A venda de armas de fogo não pode ser proibida no Brasil. Por ADILSON ABREU DALLARI - Prof. Titular de Direito Administrativo da PUC/SP

Li esse artigo no blog "O mapa do Brasil" em 28 de Abril.

No Brasil, atualmente, quem quiser possuir legalmente uma arma de fogo de pequeno calibre deverá comprovar seus bons antecedentes e sua aptidão técnica e psicológica para isso, mas, também, terá que enfrentar um inferno burocrático e se submeter à rapinagem fiscal que assola o País. Todavia, se desejar possuir ilegalmente uma arma de qualquer calibre, não terá qualquer dificuldade e certamente gastará menos.

Ou seja, a legislação existente não impede que bandidos tenham armas e é suficientemente restritiva para impedir a compra massiva de armas pelas pessoas de bem. Não há risco algum de um armamento geral e irrestrito.

O debate sobre a compra de armas legais no Brasil está totalmente desfocado e misturado com a mesma questão nos Estados Unidos, onde a Constituição, expressamente, consagra o direito de ter e portar armas. Diante disso, nos Estados Unidos a discussão é no sentido da viabilidade jurídica do estabelecimento de controles, por lei, limitando um direito expressamente afirmado pela Constituição.

No Brasil, porém, ninguém discute a constitucionalidade da legislação que disciplina e restringe a posse e o porte de armas. O foco da questão, no Brasil, está na proibição total e absoluta da venda de armas, como estipula o art. 35 da Lei nº 10.826, de 22.12.2003. Uma coisa é limitar o exercício de um direito; outra coisa bem diferente é suprimir totalmente um direito.

Por exemplo, uma coisa é exigir que a pessoa esteja legalmente habilitada para dirigir automóvel; outra coisa é proibir a venda de automóveis.

Numa perspectiva puramente jurídica, pode-se afirmar, com segurança, que a venda de armas não pode ser totalmente proibida no Brasil, porque isso seria uma flagrante violação ao direito constitucionalmente assegurado a cada cidadão de proteger, com os meios para isso necessários, sua vida, sua incolumidade física, sua dignidade, seu patrimônio e sua família. Quem quer os fins, dá os meios.

Se assim não fosse, o art. 25 do Código Penal, que ampara a legítima defesa, seria inconstitucional.

Com efeito, não existe no ordenamento jurídico regra alguma no sentido de que cada um deve conformar-se, sem qualquer reação, em ser vítima de assalto, seqüestro, estupro ou assassinato, pois somente ao Estado cabe punir o criminoso. O dever do Estado de prover a segurança pública não significa proibição da segurança privada. Nem pode significar que esta somente pode ser provida por empresas de segurança.

Defender-se ou não, ter ou não ter uma arma, reagir ou não a uma agressão é uma opção pessoal. É absolutamente certo que a segurança pública não pode proteger toda e qualquer pessoa, durante 24 horas por dia.

Argumenta-se, porém, que a venda legal de armas deve ser proibida por causa do número assustador de homicídios, comprovado pelas estatísticas. Números, entretanto, nada dizem; precisam ser interpretados.

A grande maioria dos homicídios é praticada com o uso de armas ilegais. Por exemplo, o maior número de homicídio envolve pessoas do sexo masculino, entre 15 e 24 anos de idade. Ora, o art. 28 da Lei nº 10.826/03 veda a aquisição legal de armas por menores de 25 anos. É fora de qualquer dúvida que a proibição de venda legal de armas nada tem a ver com a criminalidade, pois bandido não compra arma em loja.

Os defensores do desarmamento das pessoas de bem alegam que isso diminuirá o homicídio fortuito, como é o caso de brigas de bar, de trânsito e decorrentes de violência doméstica. Para isso, entretanto existem remédios muito mais eficazes e respaldados pela ordem jurídica.

No Município de Diadema-SP o número de homicídios caiu vertiginosamente com o fechamento dos bares às 23 horas. No Jardim Ângela, que era o bairro mais violento de São Paulo, o índice de homicídios simplesmente desabou com medidas de caráter social, como a construção de centros de lazer, quadras de esportes, bibliotecas, escolas de música etc.

Note-se que a população dessas áreas é de baixa renda, totalmente incapaz de possuir armas legais, e onde, portanto a proibição de compra de armas legais não fará a menor diferença.

Na violência doméstica a predominância é de agressão física, surras, sem armas e a maioria dos homicídios acontece com o uso da prosaica faca de cozinha. E aí?

Seria o caso de defender o "espanca, mas não mata "ou de proibir a venda de facas de cozinha? No trânsito, a maioria das mortes se dá em acidentes com moto e com motorista alcoolizado. E nesse caso? Vamos proibir totalmente a venda de motos e de bebidas alcoólicas?

O que fica perfeitamente claro é que não se pode fixar a regra com base na exceção. Não faz sentido violar o direito constitucional à auto defesa em face de raros e eventuais casos fortuitos.

Que tal melhorar a educação?

Do ponto de vista jurídico, é certo que o Poder Público não pode criar restrições à liberdade individual senão na medida do estritamente necessário para proteger um interesse público, da coletividade. Atenta contra a ordem jurídica criar uma proibição sem correspondência com um interesse geral, pelo menos da maioria.

É um absurdo restringir uma garantia constitucional, prejudicando toda a coletividade, para proteger uma minoria, que pode ser protegida por outros meios.

Os Tribunais Superiores (inclusive o STF) já consagraram e aplicam cada vez mais o princípio da razoabilidade, decretando a nulidade de atos jurídicos desproporcionais, desarrazoados, absurdos.

Atenta contra a lógica e a sanidade mental desarmar as vítimas, para estimular os facínoras. A possibilidade de reação eficaz da vítima desestimula o criminoso, é, sim, um elemento de dissuasão, mas a certeza de que a vítima sempre estará inerme, totalmente indefesa, podendo ser assaltada ou estuprada sem risco, certamente aumentará a ocorrência de crimes.

A criminalidade já tem estímulos suficientes na incompetência da polícia, que esclarece a autoria de uma percentagem mínima de homicídios, e na espantosa impunidade decorrente da extrema generosidade da legislação penal.

O número de homicidas que estão na cadeia é ridículo quando comparado com o número total de homicídios. Pior que isso: a autoridade pública não consegue impedir nem mesmo o ingresso de armas (e celulares) nas prisões.

Em resumo, elimine-se o tráfico ilícito de armas, prendam-se os bandidos, aumente-se a eficiência da segurança pública e o cidadão pacífico e ordeiro não terá mais que preocupar-se com o exercício da auto-defesa.

No fundo, a proibição da venda de armas revela uma concepção totalitária do Estado, no qual a autoridade, discricionariamente, determina o que é bom e o que não é bom para cada súdito.

Esse posicionamento já tem justificado agressões à liberdade de imprensa e tem prejudicado o desenvolvimento científico, como é o caso das células tronco. O mais grave, porém, é a complacência com a violação ou o esvaziamento das garantias constitucionais. Amanhã, o que mais poderá ser proibido?



Fonte: www.ternuma.com.br
Postado por omapadobrasil.blogspot.com às 4/17/2011 09:02:00 AM

12 abril 2011

O "Efeito Realengo"

O texto abaixo em itálico é a transcrição de um comentário que fiz à notícia do mesmo nome, publicada no Diário do Comércio e Indústria de hoje.

"Projetos demagógicos como esse do desarmamento são feitos sob medida para que as nossas autoridades se abstenham de tomar as medidas necessárias para combater o narcotráfico, o contrabando de armas, e tomar medidas realmente duras e eficazes contra os ilícitos que acontecem neste país. Será que vai dar para combinar com os bandidos que daqui pra frente só valerá confrontos sem armas?
Senhores: O "efeito Realengo" só faz eco porque foram mortes no atacado! E aquelas outras tantas que ocorrem no varejo, no nosso dia a dia, e que traduzem índices de fatalidade maiores que as guerras do Oriente Médio? Muitas causadas pela leniência no cumprimento "coração mole" de nossas tão fantásticas leis? Quem são os culpados? Os que puxaram os gatilhos ou aquelas autoridades que não cuidaram para que os delinquentes estivessem fora das ruas?

E aquelas outras tantas mortes dos pobres nas filas dos hospitais e postos de saúde? A quem culpar?
Srs. políticos: Ao invés de demagogia, por que não tomam ações eficazes para dar segurança, saúde, e educação aos brasileiros? Depois que isso tornar-se realidade, talvez haja ambiente para um novo plebiscito sobre desarmamento!"


Pois é! Pode parecer duro relativizar a tragédia desse massacre, mas os nossos malditos políticos mais uma vez querem nos repassar essa conta como se o Estado não tivesse nada a ver com isso. "Olha se continuar a acontecer esse tipo de crimes é culpa da população que prefere andar armada". Valha-me Deus por tanta sandice!

Ontem ouvi alguma "otoridade" qualquer dizer que 60% das armas apreendidas com bandidos são armas registradas para cidadãos e que foram parar nas mãos dos bandidos.

Conversa mole!

Esses caras tem mania de distorcer a pobre estatística. Qual o percentual de criminosos que são presos? Eu confesso não saber mas do jeito que os bandidos atuam é porque o risco é pequeno. Portanto, 60% de algo pequeno é também uma pequena figura. E a julgar pelas armas que estão nas mãos dos bandidos há alguma coisa de errado na afirmação da "otoridade" porque nunca soube de ninguém de bem que tivesse fuzis e armas de grosso calibre legalizadas e guardadas na cabeceira da cama.

Até agora eu não vi nenhuma ação eficaz para acabar com o contrabando de armas, tampouco para acabar com o fluxo daquelas que são fornecidas aos bandidos por integrantes corruptos das forças armadas e polícias.

Se entrarmos no mérito das distorções que existem no cumprimento das leis e na "mamata" das progressões de pena, indultos, e outras salvaguardas aos direitos dos presos, veremos que nós, pobres cidadãos, temos que rezar muito e além da fé ter também muita sorte.

Enquanto isso, ficam os demagogos, aqueles que estão lá às custas dos nossos votos e do dinheiro dos nossos impostos, querendo empurrar a responsabilidade para nós ao invés de assumirem suas próprias. Se quiserem MESMO que o povo seja responsável pela sua própria segurança, voltaremos ao velho Oeste.

Onde é mesmo que fica o curso de tiro mais próximo?

14 janeiro 2011

Tragédias naturais e suas consequencias humanas

Ontem eu vi no Jornal da Gazeta, uma entrevista com Ermínia Maricato, do Laboratório de Habitação e Assentamentos Humanos - LabHab - USP.

No link acima vocês poderão ver a quantidade de artigos e livros publicados por ela sobre o assunto que nos assombra a cada verão.

Na entrevista ela afirmou que nossas cidades ficarão cada vez piores (isso quer dizer mais mortes à cada desastre natural) por absoluta falta de  visão dos nossos políticos sobre a criticidade do assunto, bem como a conivência com os interesses especulativos e imobiliários.  Segundo ela, a solução passa por uma inserção de fato dos mais pobres na estrutura das cidades.

Hoje pela manhã li também o excelente artigo de Ruth de Aquino "Falta uma UPP para a natureza" em que ela discorre sobre o descaso de nossos governos sobre o assunto.

É evidente que somos impotentes contra a natureza e que desastres naturais são tão certos quanto 2+2. Mas isso não significa que temos que acumular a quantidade de mortes que estamos colecionando nas últimas décadas por absoluta visão torta sobre a ocupação urbana (veja por exemplo o que fez Brizzola no Rio de Janeiro).

Todos os especialistas são categóricos em afirmar que o custo da prevenção é infinitamente menor do que os gastos em recuperação.  E o custo das vidas humanas, esse é imensurável!

Nós, formadores de opinião, precisamos nos engajar nessas questões cobrando, e melhor ainda, participando de ações efetivas no local em que vivemos.  Talvez assim possamos reverter essa macabra equação.



 

 

08 janeiro 2011

Gota d'água

Depois da última patuscada do Celso Amorim concedendo os passaportes diplomáticos para os netos e bisneto do Brasil à guisa de "interesse do país", ainda precisei ouvir uma declaração de Marco Aurélio Garcia, assessor da Presidência, dizendo que isso era um fato irrelevante; que é um assunto que deve interessar apenas à pequena porcentagem que desaprova o governo do ex-presidente. veja em http://migre.me/3wcJ1

Isso remete ao que escrevi há alguns dias sobre ética e moral. Realmente parece que o pessoal que deveria dar o exemplo não conhece essas duas pequenas palavras.

Mas eu acho que o assunto já foi muito bem explorado por jornalistas e comentaristas competentes e parece que pelo menos um dos beneficiários da "irrelevância" já sentiu a pressão devida. Já basta! Mas devemos ficar alertas!

Já o "irrelevante" Marco Aurélio deveria lembrar do verso do Chico Buarque:
"...E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d’água..."


Eu acho que está mais do que na hora do pessoal do picadeiro começar a se preocupar porque em se tratando de governo nenhum fato é irrelevante.

E qualquer desatenção...

01 novembro 2010

Geppetto e Pinnochia

Sr. Geppetto:

v. excia. (em minúsculas) venceu. Sua boneca Pinnochia finalmente ganhou vida! Vejamos agora se o personagem criado à imagem e semelhança do criador terá estofo para lidar com o apetite pantagruélico dos seus apoiadores.

Dos dois Brasis venceu aquele do jeitinho e da ignorância da qual o sr. se alimenta.

Digo dois Brasis porque realmente vivo num Brasil diferente do seu, e que eu tinha esperança de ver melhor, já a partir do próximo ano. Mas infelizmente venceu o seu Brasil, o Brasil do jeitinho, da falta de ética, da fanfarronada, do "farinha pouca meu pirão primeiro".

Para nós - do outro Brasil, ficou uma lição disso tudo. Que os brasileiros do seu Brasil, se importam com o fato de que Serra faltou com o seu compromisso de mandatos anteriores, como me disse hoje pela manhã o primeiro votante da Dilma que eu encontrei nesses meses todos - é claro, eu vivo num Brasil diferente!. Se importam com as confortáveis bolsas isso ou aquilo que lhes dão o pão e as promessas de circo. E se importam com a ilusão de que sairam da pobreza. Ah, como são inocentes os brasileiros do seu Brasil.

Porém, eles não se importam com os milhões nas cuecas, com a corrupção generalizada, com as mentiras deslavadas, com o destempero verbal e inconveniência do chefe de estado, com as piadinhas fora de lugar, com os Dirceus, Paloccis, Collors, Sarneys, Erenices e outros tantos apadrinhados, com o síndico-anarquistas e os movimentos sem isso ou aquilo, com os insepultos Celso Daniel e Toninho de Campinas.
Com a falta de dentes, com a saúde precária, com as balas perdidas, com o baixo nível das nossas escolas, e do nossos índices de desenvolvimento humano.

É Sr. Geppetto: Ficou uma lição disso tudo! Eu e mais 43.700.000 Brasileiros vivemos num outro país. No nosso, há muitos problemas para resolver, mas a gente valoriza o povo de verdade e não como massa eleitoral, e detesta mentiras, falsas ideologias,e principalmente a falta de ética e megalomanias presidenciais.

E me desculpe a franqueza. Nunca antes nesse (meu) país, fomos tão acintosamente avacalhados por um presidente. Mas também, nunca antes nesse país, um presidente teve o condão de criar uma massa crítica de descontentes como agora. Sua Pinnochia terá muito o que consertar. Só espero que seus "cordões" não se afrouxem antes da hora.

AFINAL, O QUE QUEREMOS? EDITORIAL ESTADÃO 31/10/2010

Transcrição do Editorial do Estadão de ontem, visto por mim no blog do Pereira

Afinal, o que queremos?
Encerra-se hoje a mais longa campanha eleitoral de que se tem notícia no País, e certamente em todo o mundo: oito anos de palanque na obstinada perseguição de um projeto de poder populista assentado sobre o carisma e a popularidade de um presidente que, se por um lado tem um saldo positivo de realizações econômico-sociais a apresentar, por outro lado, desprovido de valores democráticos sólidos, coloca em risco a sustentabilidade de suas próprias realizações na medida em que deliberadamente promove a erosão dos fundamentos institucionais republicanos. Essa é a questão vital sobre a qual deve refletir o eleitor brasileiro, hoje, ao eleger o próximo presidente da República: até onde o lulismo pode levar o Brasil?
Quanto tempo esse sentimento generalizado de que hoje se vive materialmente melhor do que antes resistirá às inevitáveis consequências da voracidade com que o aparelho estatal tem sido privatizado em benefício de interesses sindical-partidários? Tudo o que ambicionamos é o pão dos programas assistenciais e do crédito popular farto e o circo das Copas do Mundo e Olimpíada?

Lamentavelmente, as questões essenciais do País não foram contempladas em profundidade pelo pífio debate político daquela que foi certamente a mais pobre campanha eleitoral, em termos de conteúdo, de que se tem notícia no Brasil. Mais uma conquista para a galeria dos "nunca antes neste país" do presidente Lula, que nessa matéria fez de tudo. Deu a largada oficial para a corrida sucessória, mais de dois anos atrás, ao arrogar-se o direito de escolher sozinho a candidata de seu partido. Deu o tom da campanha, com a imposição da agenda - a comparação entre "nós e eles", entre o "hoje e ontem", entre o "bem e o mal" - e com o mau exemplo de seu destempero verbal.

Uma das consequências mais nefastas dessa despolitização que a era lulo-petista tem imposto ao País como condição para sua perpetuação no poder é o desinteresse - resultante talvez do desencanto -, ou pelo menos a indulgência, com que muitos brasileiros tendem a considerar a realidade política que vivemos. A aqueles que acreditam que podem se refugiar na "neutralidade", o antropólogo Roberto DaMatta se dirigiu em sua coluna dessa semana no Caderno 2: "Você fica neutro quando um presidente da República e um partido que se recusaram a assinar a Constituição e foram contra o Plano Real usam de todos os recursos do Estado que não lhes pertencem para ganhar o jogo? (...) Será que você não enxerga que o exemplo da neutralidade é fatal quando há uma óbvia ressurgência do velho autoritarismo personalista por meio do lulismo, que diz ser a ‘opinião pública’? O que você esperava de uma disputa eleitoral no contexto do governo de um partido dito ideológico, mas marcado por escândalos, aloprados e nepotismo? Você deixaria de tomar partido, mesmo quando o magistrado supremo do Estado vira um mero cabo eleitoral de uma candidata por ele inventada? É válido ser neutro quando o presidente vira dono de uma facção, como disse com precisão habitual FHC? Se o time do governo deve sempre vencer porque tem certeza absoluta de que faz o melhor, pra que eleição?"

Quatro anos atrás, nesta mesma página editorial, dizíamos que "as eleições de hoje são o ponto culminante da mais longa campanha eleitoral de que se tem notícia no Brasil. Desde 1.º de janeiro de 2003, quando assumiu a Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva não deixou, um dia sequer, de se dedicar à campanha para a reeleição. Tudo o que fez, durante seu governo (...) teve por objetivo esticar o mandato por mais quatro anos". Erramos. O horizonte descortinado por Lula era, já então, muito mais amplo. Sua ambição está custando à Nação um preço caríssimo que só poderá ser materialmente aferido mais para a frente. Mas que já se contabiliza em termos éticos, toda vez que o primeiro mandatário do País desmoraliza sua própria investidura e não se dá ao respeito. Mais uma vez, essa semana, no Rio de Janeiro, respondeu com desfaçatez a uma pergunta sobre o uso eleitoral de inaugurações: "Não posso deixar de governar o Brasil por conta das eleições." Ele que, em oito anos no poder, só pensou em eleições!

31 outubro 2010

Sobrou para Emília - Por Guilherme Fiuza

A História do Brasil está sendo corrigida aos poucos. A república sindical está se encarregando de reescrever os mal-entendidos anteriores à chegada do messias do ABC.

Finalmente o país começa a conhecer sua verdadeira realidade – aquela que cabe nas cartilhas do PT, e pode ser recitada com orgulho pela militância. É a revolução cultural dos companheiros.

Há 20 anos, o jornal “O Planeta Diário” estampava a manchete profética: “Lula quer fazer reforma agrária no Sítio do Picapau Amarelo”.

O dia chegou. Com a bravura revolucionária de um Stédile, o Conselho Nacional de Educação invadiu o famoso sítio de Monteiro Lobato, disposto a acabar com aquele blábláblá literário improdutivo de direita.

O primeiro tiro atingiu em cheio as “Caçadas de Pedrinho”, uma obra tipicamente burguesa que não cabe nas cartilhas petistas. Os conselheiros de Lula entraram decididos a fazer o resgate social de Tia Nastácia – a negra confinada na cozinha por Dona Benta, agente da elite branca.

Com a decisão do Conselho Nacional de Educação de proibir “Caçadas de Pedrinho” nas escolas, a desigualdade social recebe um duro golpe.

A medida deverá ter conseqüências importantes, como evitar que os netos e bisnetos de Tia Nastácia se tornem favelados, à margem da sociedade de consumo. O passo seguinte talvez seja processar Monteiro Lobato por racismo.

Esta será uma medida de execução mais complexa, considerando-se a dificuldade de localizar o dono do Sítio. A esta altura, ele deve estar foragido.

Mas isso é uma questão de tempo. Não há informação que resista aos arapongas da inteligência do PT.

Todo mundo sabe que Monteiro Lobato é o pai de Emília, a boneca falante. Com um interrogatório bem feito, a bonequinha acaba entregando o paradeiro do pai, esse latifundiário racista.

Parabéns ao Conselho Nacional de Educação. E atenção, conselheiros: há outras obras perigosas nesse sítio, como “Reinações de Narizinho” e “A reforma da natureza”. Destruam tudo enquanto é tempo. No Brasil de Lula e Dilma não pode haver mais espaço para esses atentados contra o povo, disfarçados de literatura infanto-juvenil.

Deixem as escolas ensinarem a história do filho do Brasil, a obra-prima do novo Descobrimento. O resto é ideologia burguesa.

Guilherme Fiuza é articulista da revista Época e costuma bater pesado na pouca-vergonha desse governo petista. Ah que bom se se isso mudar a partir de hoje!