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Você que é contra a PEC 241 já se deu ao trabalho de
lê-la? E mais importante, entendeu?
Eu queria muito não me manifestar sobre a PEC 241 mas é
impossível resistir a tantos comentários e tantas opiniões daquela certa
turminha barulhenta que se acha detentora do monopólio das virtudes.
Na noite de Domingo eu tomei um Dramin e fiz o esforço
supremo de ouvir um debate em que o Lindbergh fazia contorcionismos retóricos
para mostrar que a PEC 241 será o fim do Brasil.
Num primeiro momento eu até achei que ele era
só um analfabeto funcional, turbinado com um mandato e repetindo o de sempre. Mas quando eu o ouvi
defender que o remédio para o Brasil é aumentar os gastos públicos, eu conclui
que o problema dele não é analfabetismo funcional, é ideologia demais e conhecimento
econômico de menos!
Alguém precisa
contar para ele que dinheiro não nasce das penas das canetas governamentais.
O texto do encaminhamento explica pontos importantes
A tal PEC não é perfeita, mas é o que dá para ser feito sem aumentar impostos, o que seria
inadmissível. A lambança já foi feita, e
não só pela Dilma e Lula. Essa tendência
esquerdista endêmica corrói o Brasil há décadas. O governo petista só fez
piorar.
Chega a ser maçante a tática constante desse pessoal ao
deitar falação indignada, apostando que poucos leem e menos ainda entendem o
que leram. E assim continuam posando de defensores das melhorias da nossa
educação e saúde, sem se dar conta que em 13 anos não fizeram absolutamente
nada que contribuísse para alguma melhoria efetiva nessas áreas.
Pensassem de fato no Brasil e nosso lugar nos índices
globais estaria hoje muito melhor.
O mais importante na PEC 241 não é o texto da emenda
propriamente dito, que é absolutamente técnico.
O lance é ler e entender o texto de encaminhamento da PEC feito por
Henrique Meireles e Dyogo Henrique de Oliveira, em que são explicadas as
razões, os prós e os contras da medida.
O conjunto não propõe nenhum corte nos investimentos em saúde
e educação como apregoam os contrários. Leiam o tópico 21: Lá somente aparece a
sugestão de que esses investimentos sejam desindexados da receita fiscal da
união, visto que é essa indexação que faz com que em caso de recessão essas
áreas sofram com a falta de dinheiro.
A PEC dá poder ao Congresso
Outro ponto muito interessante é o do tópico 25, que
desmente as baboseiras que vem sendo ditas sobre “entregar o país”, “desmontar
o Estado” e outras sandices do gênero.
Vejam nesse tópico que as decisões relacionadas deixam de ser tomadas
autocraticamente pelo Poder Executivo e terão que ser resolvidas pelo
Congresso. Trocando em miúdos isso diz
que é o Congresso que terá que priorizar o que vai ser cortado ou não, e tudo
considerando as despesas totais (sistemicamente e não individualmente).
Portanto, se houver cortes, a responsabilidade será do Congresso, que terá que justificá-los.
Oh moçadinha do mimimi, parece-me que democracia é isso, né não? Os congressistas não são os nossos
representantes eleitos pelo voto?
Então, o que é que a tal PEC tem assim de tão pecaminoso? Leiam e entendam antes de emitir opiniões. Não está cortando nada – e isso
seria virtuoso – está limitando os gastos. Coisa que o governos passados não
souberam fazer.
Como disse o Senador Ricardo Ferraço, que também participava
do debate, “a PEC 241 não é o pecado, é a penitência”. Penitência essa que todos os cidadãos
brasileiros terão que pagar pela falta de governança que grassou nos últimos 13
anos.
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