O nome "Gran Circo" exprime bem a maneira como penso.
Aparentemente caótico, mas muito planejado, às vezes irônico mas sobretudo divertido.
Não esperem só palhaçadas.
Críticas e manifestações humanas em geral terão lugar garantido no picadeiro.

Agora vamos ver como os domadores e palhaços que moram entre as minhas orelhas irão se comportar!



15 novembro 2016

A PEC 241 não é pecado é penitência

photo by Michael Gaida in Pixabay.com

Você que é contra a PEC 241 já se deu ao trabalho de lê-la?  E mais importante, entendeu?
Eu queria muito não me manifestar sobre a PEC 241 mas é impossível resistir a tantos comentários e tantas opiniões daquela certa turminha barulhenta que se acha detentora do monopólio das virtudes.

Na noite de Domingo eu tomei um Dramin e fiz o esforço supremo de ouvir um debate em que o Lindbergh fazia contorcionismos retóricos para mostrar que a PEC 241 será o fim do Brasil.  
Num primeiro momento eu até achei que ele era só um analfabeto funcional, turbinado com um mandato e repetindo o de sempre. Mas quando eu o ouvi defender que o remédio para o Brasil é aumentar os gastos públicos, eu conclui que o problema dele não é analfabetismo funcional, é ideologia demais e conhecimento econômico de menos!  

Alguém precisa contar para ele que dinheiro não nasce das penas das canetas governamentais.

O texto do encaminhamento explica pontos importantes

A tal PEC não é perfeita, mas é o que dá para ser feito  sem aumentar impostos, o que seria inadmissível.  A lambança já foi feita, e não só pela Dilma e Lula.  Essa tendência esquerdista endêmica corrói o Brasil há décadas. O governo petista só fez piorar.
Chega a ser maçante a tática constante desse pessoal ao deitar falação indignada, apostando que poucos leem e menos ainda entendem o que leram. E assim continuam posando de defensores das melhorias da nossa educação e saúde, sem se dar conta que em 13 anos não fizeram absolutamente nada que contribuísse para alguma melhoria efetiva nessas áreas.
Pensassem de fato no Brasil e nosso lugar nos índices globais estaria hoje muito melhor.

O mais importante na PEC 241 não é o texto da emenda propriamente dito, que é absolutamente técnico.  O lance é ler e entender o texto de encaminhamento da PEC feito por Henrique Meireles e Dyogo Henrique de Oliveira, em que são explicadas as razões, os prós e os contras da medida.
O conjunto não propõe nenhum corte nos investimentos em saúde e educação como apregoam os contrários. Leiam o tópico 21: Lá somente aparece a sugestão de que esses investimentos sejam desindexados da receita fiscal da união, visto que é essa indexação que faz com que em caso de recessão essas áreas sofram com a falta de dinheiro.

A PEC dá poder ao Congresso

Outro ponto muito interessante é o do tópico 25, que desmente as baboseiras que vem sendo ditas sobre “entregar o país”, “desmontar o Estado” e outras sandices do gênero.   Vejam nesse tópico que as decisões relacionadas deixam de ser tomadas autocraticamente pelo Poder Executivo e terão que ser resolvidas pelo Congresso.  Trocando em miúdos isso diz que é o Congresso que terá que priorizar o que vai ser cortado ou não, e tudo considerando as despesas totais (sistemicamente e não individualmente).

Portanto, se houver cortes, a responsabilidade será do Congresso, que terá que justificá-los.

Oh moçadinha do mimimi, parece-me que democracia é isso, né não?   Os congressistas não são os nossos representantes eleitos pelo voto?

Então, o que é que a tal PEC tem assim de tão pecaminoso?  Leiam e entendam antes de emitir opiniões. Não está cortando nada – e isso seria virtuoso – está limitando os gastos. Coisa que o governos passados não souberam fazer.

Como disse o Senador Ricardo Ferraço, que também participava do debate, “a PEC 241 não é o pecado, é a penitência”.  Penitência essa que todos os cidadãos brasileiros terão que pagar pela falta de governança que grassou nos últimos 13 anos.


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