O nome "Gran Circo" exprime bem a maneira como penso.
Aparentemente caótico, mas muito planejado, às vezes irônico mas sobretudo divertido.
Não esperem só palhaçadas.
Críticas e manifestações humanas em geral terão lugar garantido no picadeiro.

Agora vamos ver como os domadores e palhaços que moram entre as minhas orelhas irão se comportar!



12 abril 2011

O "Efeito Realengo"

O texto abaixo em itálico é a transcrição de um comentário que fiz à notícia do mesmo nome, publicada no Diário do Comércio e Indústria de hoje.

"Projetos demagógicos como esse do desarmamento são feitos sob medida para que as nossas autoridades se abstenham de tomar as medidas necessárias para combater o narcotráfico, o contrabando de armas, e tomar medidas realmente duras e eficazes contra os ilícitos que acontecem neste país. Será que vai dar para combinar com os bandidos que daqui pra frente só valerá confrontos sem armas?
Senhores: O "efeito Realengo" só faz eco porque foram mortes no atacado! E aquelas outras tantas que ocorrem no varejo, no nosso dia a dia, e que traduzem índices de fatalidade maiores que as guerras do Oriente Médio? Muitas causadas pela leniência no cumprimento "coração mole" de nossas tão fantásticas leis? Quem são os culpados? Os que puxaram os gatilhos ou aquelas autoridades que não cuidaram para que os delinquentes estivessem fora das ruas?

E aquelas outras tantas mortes dos pobres nas filas dos hospitais e postos de saúde? A quem culpar?
Srs. políticos: Ao invés de demagogia, por que não tomam ações eficazes para dar segurança, saúde, e educação aos brasileiros? Depois que isso tornar-se realidade, talvez haja ambiente para um novo plebiscito sobre desarmamento!"


Pois é! Pode parecer duro relativizar a tragédia desse massacre, mas os nossos malditos políticos mais uma vez querem nos repassar essa conta como se o Estado não tivesse nada a ver com isso. "Olha se continuar a acontecer esse tipo de crimes é culpa da população que prefere andar armada". Valha-me Deus por tanta sandice!

Ontem ouvi alguma "otoridade" qualquer dizer que 60% das armas apreendidas com bandidos são armas registradas para cidadãos e que foram parar nas mãos dos bandidos.

Conversa mole!

Esses caras tem mania de distorcer a pobre estatística. Qual o percentual de criminosos que são presos? Eu confesso não saber mas do jeito que os bandidos atuam é porque o risco é pequeno. Portanto, 60% de algo pequeno é também uma pequena figura. E a julgar pelas armas que estão nas mãos dos bandidos há alguma coisa de errado na afirmação da "otoridade" porque nunca soube de ninguém de bem que tivesse fuzis e armas de grosso calibre legalizadas e guardadas na cabeceira da cama.

Até agora eu não vi nenhuma ação eficaz para acabar com o contrabando de armas, tampouco para acabar com o fluxo daquelas que são fornecidas aos bandidos por integrantes corruptos das forças armadas e polícias.

Se entrarmos no mérito das distorções que existem no cumprimento das leis e na "mamata" das progressões de pena, indultos, e outras salvaguardas aos direitos dos presos, veremos que nós, pobres cidadãos, temos que rezar muito e além da fé ter também muita sorte.

Enquanto isso, ficam os demagogos, aqueles que estão lá às custas dos nossos votos e do dinheiro dos nossos impostos, querendo empurrar a responsabilidade para nós ao invés de assumirem suas próprias. Se quiserem MESMO que o povo seja responsável pela sua própria segurança, voltaremos ao velho Oeste.

Onde é mesmo que fica o curso de tiro mais próximo?

Um comentário:

Daniel Prado disse...

Vamos então fazer um plebiscito contra o Whiskey, a Caipirinha, a Cerveja...

Ou melhor, contra bastões de Baseball ou facas de cozinha...

E por que não, contra os carros, já que o índice de mortes no trânsito é bem maior do que o com crime com armas?