O nome "Gran Circo" exprime bem a maneira como penso.
Aparentemente caótico, mas muito planejado, às vezes irônico mas sobretudo divertido.
Não esperem só palhaçadas.
Críticas e manifestações humanas em geral terão lugar garantido no picadeiro.

Agora vamos ver como os domadores e palhaços que moram entre as minhas orelhas irão se comportar!



09 setembro 2020

O mercado da fé

Realmente estamos vivendo tempos estranhos.

Instituições que deveriam ser sustentáculos para a edificação da fé, agora só querem se garantir financeiramente. Explico, pedindo desculpas por não ser mais explícito, visto que as coisas ainda estão por acontecer e eu não quero causar ruído desnecessário.

A Thais foi contratada para cantar em um casamento em uma dessas próximas semanas. Ajustado o cachê, contrato assinado, repertório escolhido, ensaios com a banda realizados. Parece que está tudo certo, né? SQN

Eis que sem bençãos e nem música de violinos ao fundo, ela recebe um whatsapp da igreja (eu disse IGREJA), em que alguém se identifica como do financeiro da dita, pedindo os dados para enviar um boleto de cobrança de uma taxa para que ela e banda pudessem tocar no casamento.

As primeiras frases da resposta da Thais foram: "Isso é uma pegadinha? Você jura que está querendo que eu pague para trabalhar?" Apesar da delicadeza dela, algumas frases é melhor não reproduzir, hehehe

Uma das características que eu mais admiro nela é o fato de que ela só aceita contratos em que haja uma sintonia, empatia, um clima legal com os noivos, e com os outros fornecedores, justamente para que esse dia não seja estragado por questões menores, ou interferências de terceiros.

E daí, acontece isso - que felizmente parece estar resolvido, sendo a tal igreja devidamente enquadrada no seu papel.

Fico impressionado com a cara de pau de certos “empresários da religião” (que não são poucos), que além dos dízimos e contribuições compulsórias, ainda tentam emplacar a venda casada da benção, impondo os seus próprios músicos, floristas, e sei lá mais o que. E tentando cobrar de qualquer modo, até dos fornecedores, no caso dos noivos não aceitarem as imposições.

O mercado da fé (ops! da má fé) está cada vez mais escancarado.

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