O nome "Gran Circo" exprime bem a maneira como penso.
Aparentemente caótico, mas muito planejado, às vezes irônico mas sobretudo divertido.
Não esperem só palhaçadas.
Críticas e manifestações humanas em geral terão lugar garantido no picadeiro.

Agora vamos ver como os domadores e palhaços que moram entre as minhas orelhas irão se comportar!



04 outubro 2020

Uma nota sobre o sistema eleitoral - ou Matar no ninho para mudar o Brasil

 Agora mesmo estamos no meio do tiroteio midiático sobre a indicação de um nome para o STF. Se o cara é bom, se B está baixando as calças para o Centrão, se é um erro?   E nós aqui, a essa altura do campeonato, só assistindo o show da política de várzea nacional, seja vaiando ou aplaudindo, mas como meros espectadores.

Sabe porque isso continua acontecendo? De novo e de novo? Porque estamos nos preocupando com o personagem errado.

Sem querer passar pano, é preciso que fique claro que o Bolsonaro não joga sozinho. Aliás, parece que ele está jogando contra treze. Onze são juízes que vão mudando as regras conforme seus interesses e os outros dois querem ser os donos da bola (e da$ bolada$).  E os demais do “congresso” só estão lá pelo troca-troca (com algumas raras e boas exceções).

Muito criticamos as regras do jogo, a infinidade de partidos (que só querem dinheiro), as regalias, as mamatas, e o mau uso da coisa pública por parte desse bando de marginais engravatados, e reclamamos que nada mudará porque são eles que fazem as regras.

Entretanto, podemos começar a mudar o Brasil para valer a partir de Novembro, e é muito fácil.

Como diz um velho ditado popular: Precisamos matar no ninho aquilo que nos incomoda. No sentido de não deixar que o mal se desenvolva. 

Pois é, nessa eleição, siga as cinco regras abaixo para eleger um candidato, e garanta um Brasil melhor para seus filhos:

a)      Não vote em ninguém que esteja escondido atrás de um apelido: Zé da perua; Carlinhos do farmácia; Tio da escolinha.   Candidato deve ter nome e sobrenome. E ponto! 
Se seus nomes não são suficientes para que se elejam, não merecem ser eleitos. Simples assim!

b)      Não vote em ninguém que apareça representando uma profissão ou uma corporação:  Pastor Juca; Dr. Pancrácio; Asdrúbal do Sindicato; Maria do SUS; Sargento Pincel; Pastor Ádélio.  Quem quer se eleger assim já está sinalizando que quer vantagens ou que vai oferecer vantagem a um grupo.  Profissões ou títulos não definem o caráter de ninguém.

c)       Candidatos a reeleição.  Para esses é fácil. Vamos botar essa turma para trabalhar. Não reeleja ninguém. Nem vereadores e nem prefeitos.  Esses já mentiram para você, não lhes dê uma segunda chance.

d)      Filho ou parente de político com mandato.   Cuidado. Esses já tem vícios de família.  Não vão querer mudar nada.

e)      Candidatos que se apresentem com qualquer nome aposto ao seu: João “Honesto” da Silva; Cornélio “Bolsonaro” de Oliveira; João “Lula” Cardoso.  Esses já estão dizendo que não tem programa. Só querem passar por amigos do rei.

E independente dos nomes. Preste atenção em suas plataformas.  Tem gente que anda prometendo que vai até revogar a Lei da Gravidade.   Procure saber quais são as reais atribuições e limitações de seus cargos.

A nossa faxina da política nacional segue a regra básica: Pense globalmente, aja localmente.  Dito de outro modo, se quisermos que o Brasil se arrume, precisamos começar arrumando o nosso quintal.   Foi porque não fizemos isso antes que temos essa escumalha dirigindo os nossos destinos.

Só não deixe de votar. Ao contrário do que alguns ainda acreditam votos nulos, brancos e ausências, não contam. Você só estará deixando que outros decidam por você.

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